terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Uma estranha gala

Foi estranha e insólita a Gala da Bola de Ouro da FIFA que ontem decorreu em Genebra.

Começou logo com a aparição de Gerard Depardieu - não estava na Rússia? Não ia até ser ministro de uma província russa? Terá Blatter tentado convencer o actor francês a afinal não emigrar? Quem sabe até a aceitar um cargo na FIFA? Ou terá aproveitado a ocasião para lhe dar conselhos sobre zonas francas e off shores?

Depois vi Messi com um casaco às bolinhas que também não percebi e uma senhora sueca a cantar.

Seguiu-se a estranha equipa do ano com 10 jogadores repartidos entre Barcelona e Real Madrid e um do Atlético de Madrid.
Não haverá para a FIFA mais mundo para além de Espanha? Em Inglaterra, na Alemanha, em Itália (e já nem digo Portugal e França...) não haverá nenhum jogador que mereça estar no lugar, por exemplo, de Sérgio Ramos? De Marcelo? De Casillas? Do próprio Xabi Alonso? Pareceu-me uma eleição algo estranha.

Depois houve o golo do ano, que, apesar de ser um grande pontapé, me pareceu o menos interessante dos três seleccionados...

E acabamos com a previsível mas ainda assim injusta eleição de Messi e Del Bosque.
Porque, vejamos, Messi é eleito por ser o melhor do mundo. Isto apesar de na época em apreço e em avaliação não ter conquistado nenhum título colectivo. Apesar de Ronaldo ter sido decisivo no título e nomeadamente no jogo em Nou Camp.

No entanto no caso de Mourinho já não se aplica o mesmo critério de ser o melhor. Ou alguém seriamente sustentará que Del Bosque é (hoje) um treinador melhor do que Mourinho? Aí aplica-se portanto outro critério (talvez o de prémio de carreira ou da conquista do título mais importante do ano).

Será a diferença entre Ronaldo e Messi de tal forma grande que justificará o português ter apenas uma contra 4 bolas seguidas do argentino?

Justificar-se-á que a equipa ideal (do Mundo!) tenha apenas jogadores da Liga Espanhola? Merecerão 6 espanhóis estar neste 11? Sérgio Ramos?!?

Tudo o que é demais enjoa.

3 comentários:

  1. Foi de facto tudo muito, estranho.
    Mas não é ao que a FIFA nos habituou? Então tudo normal.

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  2. Partilho da mesma opinião.

    Mas é a FIFA? Tudo normal então.

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  3. De facto não se percebe o critério. Messi, ainda compreendo. Objectivamente é melhor do que Ronaldo (embora, se houvesse alguma justiça, chegar-se-ia à conclusão de que a desproporção não é de 4 para 1 e aí Ronaldo merecia o prémio). Agora, Del Bosque? Por ter estado dois meses na selecção que já era campeã do mundo? É ridículo. Provavelmente Mourinho já sabia e por isso não esteve presente. Esta FIFA deixa muito a desejar, mas Joseph Blatter continua de pedra e cal apesar dos escândalos...

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