segunda-feira, 6 de maio de 2013

Agora preparem-se para a guerra

Iria ser de qualquer modo, mas agora é o título que depende do seu desfecho.
Falo da batalha do "dragão".
Podia e devia ter sido de outra maneira.
Tudo o que precisávamos era de ter ganho um jogo à partida "fácil". Certamente que o Estoril é uma boa equipa, mas o Benfica em casa, com o Estádio cheio tinha todas as possibilidades de ganhar.
Não conseguiu por um conjunto de razões: demasiados falhanços à frente da baliza, um Estoril a fazer o jogo das suas vidas e muito, mas mesmo muito cansaço.
Nem de outra forma poderia ser: depois da exibição e do desgaste frente ao Fenerbahçe, a equipa necessariamente que se ressentiria.
Daí a aposta em tentar ganhar o jogo logo no início: aos 10 segundos de jogo o Benfica podia ter feito o primeiro golo.
Acontece que as bolas não quiseram entrar (e que os nossos avançados, sobretudo Lima, foram um pouco perdulários, o que, volto a dizer, se deve ao cansaço nas pernas).

JJ tem feito uma época quase imaculada e hoje terá cometido alguns erros ao não rodar a equipa: justificava-se a titularidade de Rodrigo e também o "descanso" de Enzo Peres, substituido por Carlos Martins, André Gomes ou mesmo André Almeida.
Mas isso diz o treinador de bancada, que não está no banco a ter que assumir a responsabilidade das decisões.

JJ, apesar de, na minha óptica ter errado ao não rodar mais jogadores, não pode de forma nenhuma ser responsabilizado pela perda de pontos. As oportunidades criadas deviam ter chegado para ganhar e se estamos a ter uma época soberba a ele o devemos.

Seja como for, a única realidade indesmentível é que na próxima jornada o Benfica não pode perder ou arrisca-se a deixar fugir o campeonato mesmo sobre a recta de chegada.

O jogo naquele estádio onde impunemente se atiram bolas de golfe e na cidade onde se lançam pedras a autocarros será - tudo o indica - mesmo decisivo. A margem de erro que teria existido ganhando hoje desapareceu.

Será uma autêntica guerra. Se durante todas estas semanas, com o Porto a ver o campeonato praticamente perdido, o nível do discurso e de ódio foi o que foi, imagine-se o que será daqui para a frente com o jogo a poder decidir tudo.

Voltaremos às piores páginas, aos piores episódios do tempo do guarda Abel ou do clima de terror de há 3 e 2 anos atrás. Será muito perigoso - estou a falar fisicamente - para os benfiquistas deslocarem-se às antas.

Mas a verdade é que estamos nesta situação por culpa própria. Por isso teremos que arcar com a responsabilidade do jogo e estar à altura do momento. Dentro de 5 dias podemos estar a festejar o campeonato. Tudo continua a depender de nós e só de nós.

Outra consequência deste deslize é que de certo modo a Liga Europa está quase perdida e só quase um milagre nos permitirá vencê-la poucos dias depois de um jogo decisivo para o Campeonato e com a equipa nos limites da resistência física. Não é impossível mas ficou muitíssimo mais difícil até sabendo-se quão forte é o adversário, que este fim de semana derrotou o campeão inglês em terreno adversário.

Agora só nos resta mesmo esquecer tudo o resto e apontar baterias para o Porto.

No Benfica dos últimos 20 anos não há vitórias fáceis. Tudo é obtido com um esforço quase desumano, até à última pinga de suor.

Antes do jogo com o Estoril nada estava ganho mas muita coisa estava encaminhada. Depois de um simples deslize, contra uma equipa que fez o jogo não da época mas da VIDA, nada está perdido mas tudo será muito difícil.

Nada apaga o que foi feito até agora. Que no fim de semana no Porto a nossa equipa o confirme e sublinhe com uma página ainda mais gloriosa.

1 comentário:

  1. Não culpabilizo o JJ por falhanços dos jogadores (como o perú do Artur e e falhanços do LIma) mas as opções são da sua responsabilidade e não rodar a equipa (Olá, Rodrigo e até Urreta estão apenas a fazr nº?) e sobretudo deixar de fora quem muito deu esta temporada (André Gomes) em troca da nulidade Martins foram as opções dele e bastante erradas, a aposta em quem nada fez esta época desculpa mas não aceito nem compreendo como se quer assim ser feliz.

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