Como se lhe impunha, o Benfica venceu o Spartak, tendo-o ademais feito de forma convincente e inquestionável. Aliás, apesar de duas oportunidades claras do Spartak, a verdade é que o Benfica podia ter ontem goleado o seu adversário. Para além do penalty falhado por Cardozo, dois outros ficaram por marcar, em especial logo no início uma falta flagrante sobre Garay.
Na primeira parte JJ surpreendeu ao deixar Cardozo no banco e ao lançar Rodrigo. José Nunes, da Antena 1, disse perceber a intenção (ter dois jogadores móveis na frente de ataque que pudessem, sobretudo Rodrigo, recuar para equilibrar o meio-campo e tentar fazer logo oposição à construção de jogo do Spartak) mas não concordar. Acrescento que talvez Jesus desejasse e acreditasse que este jogo poderia marcar a recuperação de Rodrigo, que desde o jogo do ano passado com o Zénite que não é o mesmo. É uma opção questionável, como muitas outras. Não é certo que entrando de início Cardozo tivesse feito o que fez na segunda parte.
E o que dizer dessa segunda parte? Três golos (um deles mal anulado), um cabeceamento à barra e mais duas oportunidades claras (incluindo o penalty) que soube criar não conseguiu concretizar. Ou seja, Cardozo marcou dois mas podia ter marcado... 6. Incrível jogo deste nosso ponta de lança, a mostrar mais uma vez quão importante tem sido para o Benfica nos últimos anos. Só não gosto de o ver marcar penalties, pois percebe-se que há sempre um risco grande de os falhar por a bola bater na barra ou ir por cima. Ontem o penalty até deveria ter sido repetido pois o guarda-redes adiantou-se muito antes da bola partir. Penso porém que se Cardozo é o marcador de serviço deveria treinar mais os penalties.
Duas notas finais negativas: a arbitragem e os russos. A arbitragem teve demasiados erros para este nível de competição, quase sempre em desfavor do Benfica. Dois penalties, um que deveria ter sido repetido e um golo mal anulado são casos a mais para um só jogo. Afinal os alemães não são tão rigorosos quanto nos querem fazer crer. Houve ademais permissividade em relação à dureza excessiva dos russos.
Quanto aos russos, voltaram, depois dos adeptos do Zénite terem feito graves distúrbios aquando da sua passagem por Lisboa, a envolver-se em cenas de violência. Recorde-se ainda o gravíssimo do que se passou durante o Europeu também com adeptos russos. É uma selvageria inaceitável que tem que ter uma resposta muito firme por parte das autoridades.
É verdade que Cardozo marcou, mas Artur foi decisivo. Sem ele o resultado seria quase de certeza diferente (para pior). A entrada de Cardozo na segunda parte foi uma jogada de mestre de JJ. Se tivesse jogado de início muito provavelmente não teria feito o que fez.
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