Disse Artur, no final do jogo de Braga no ano passado, em que faltou a luz por três vezes e Proença viu uma mão de Emerson na área mas não viu um agarrão a Luisão dentro da área do Braga e, numa agressão à cotovelada de Djamal a Gaitan, só viu razão para amarelo, disse Artur no fim desse jogo que "quando o Benfica aqui joga acontecem sempre coisas do outro mundo".
Já quando o Porto joga em Braga, não acontecem nenhumas coisas do outro mundo. Pelo contrário só acontecem coisas bem deste mundo, deste nosso mundo do futebol português: previsíveis e risíveis.
O ano passado deu-se o apagão da equipa do Braga (na altura dizia-se até que Leonardo Jardim estava apalavrado para ser o futuro treinador do Porto). Neste ano deu-se o apagão dos seus dirigentes.
Após um jogo em que nem o árbitro (o tal Xistra que em Coimbra via penalties de cada vez que a Académica se aproximava da área do Benfica - no primeiro, o jogador nem precisou de lá entrar...), nem o fiscal de linha viram um penalty do tamanho da pedreira, em que houve confrontos entre adeptos (e também com a polícia) e lançamento de inúmeros petardos por parte da claque visitantes, Salvador, sempre tão cioso da defesa do seu clube estava desaparecido em parte incerta.
É curioso o que vem acontecendo em Braga de há uns anos para cá. Uma cidade hospitaleira e pacífica tornou-se de um momento para o outro de uma hostilidade violenta para com o Benfica e os seus apoiantes. Primeiro foram as agressões cobardes (pelas costas) a Cardozo e até a Raúl José, que ali tinha sido treinador adjunto com Jesus.
Depois foram as agressões, físicas e verbais, de Alan a Javi Garcia que, naturalmente, viria a ser expulso num dos jogos. Pelo meio houve speakers furiosos a berrar durante os jogos, casos de apagões, casos de arbitragens, alegados insultos ao Presidente LFV e ainda casos de agressões, em pleno centro da cidade, a adeptos benfiquistas que pacificamente festejavam a conquista do único título dos últimos anos.
O que fizeram os benfiquistas (tão numerosos em Braga) para merecer este tratamento é algo que permanece por explicar.
Já com o Porto - neste momento bicampeão e até vencedor sobre o Braga de uma final europeia - tudo se parece passar na maior das tranquilidades. E assim foi mais uma vez, pelo menos para os dirigentes do Braga. E os jogadores.
Não consta que Rúben Micael, Hugo Viana (apesar de um bate boca com Vítor Pereira), Mossoró ou Alan tenham agredido ou acusado de racismo ou de qualquer outra falta de carácter nenhum jogador do Porto.
Mais do que isso - e mais surpreendente - é de assinalar que nem de nenhum deles se ouviu qualquer indignação pelo penalty não assinalado. Nem Douglão, que lamentou a falta de sorte, se referiu (que eu tenha ouvido) ao lance.
E do presidente já falei. António Salvador, que na semana anterior se referira ao golo anulado à sua equipa, desta vez ficou mudo e quedo. Eu imagino o que seria se isto se passasse com o Benfica. Mas não passa - não neste mundo. Em três jogos com os grandes, o Braga foi prejudicado em dois e beneficiado num. Advinhem com quem.
Assim se passam as coisas neste mundo.
O ano passado deu-se o apagão da equipa do Braga (na altura dizia-se até que Leonardo Jardim estava apalavrado para ser o futuro treinador do Porto). Neste ano deu-se o apagão dos seus dirigentes.
Após um jogo em que nem o árbitro (o tal Xistra que em Coimbra via penalties de cada vez que a Académica se aproximava da área do Benfica - no primeiro, o jogador nem precisou de lá entrar...), nem o fiscal de linha viram um penalty do tamanho da pedreira, em que houve confrontos entre adeptos (e também com a polícia) e lançamento de inúmeros petardos por parte da claque visitantes, Salvador, sempre tão cioso da defesa do seu clube estava desaparecido em parte incerta.
***
É curioso o que vem acontecendo em Braga de há uns anos para cá. Uma cidade hospitaleira e pacífica tornou-se de um momento para o outro de uma hostilidade violenta para com o Benfica e os seus apoiantes. Primeiro foram as agressões cobardes (pelas costas) a Cardozo e até a Raúl José, que ali tinha sido treinador adjunto com Jesus.
Depois foram as agressões, físicas e verbais, de Alan a Javi Garcia que, naturalmente, viria a ser expulso num dos jogos. Pelo meio houve speakers furiosos a berrar durante os jogos, casos de apagões, casos de arbitragens, alegados insultos ao Presidente LFV e ainda casos de agressões, em pleno centro da cidade, a adeptos benfiquistas que pacificamente festejavam a conquista do único título dos últimos anos.
O que fizeram os benfiquistas (tão numerosos em Braga) para merecer este tratamento é algo que permanece por explicar.
Já com o Porto - neste momento bicampeão e até vencedor sobre o Braga de uma final europeia - tudo se parece passar na maior das tranquilidades. E assim foi mais uma vez, pelo menos para os dirigentes do Braga. E os jogadores.
Não consta que Rúben Micael, Hugo Viana (apesar de um bate boca com Vítor Pereira), Mossoró ou Alan tenham agredido ou acusado de racismo ou de qualquer outra falta de carácter nenhum jogador do Porto.
Mais do que isso - e mais surpreendente - é de assinalar que nem de nenhum deles se ouviu qualquer indignação pelo penalty não assinalado. Nem Douglão, que lamentou a falta de sorte, se referiu (que eu tenha ouvido) ao lance.
E do presidente já falei. António Salvador, que na semana anterior se referira ao golo anulado à sua equipa, desta vez ficou mudo e quedo. Eu imagino o que seria se isto se passasse com o Benfica. Mas não passa - não neste mundo. Em três jogos com os grandes, o Braga foi prejudicado em dois e beneficiado num. Advinhem com quem.
Assim se passam as coisas neste mundo.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Os comentários são agora automaticamente publicados. Comentários insultuosos poderão ser removidos.