Breves notas apenas, para assinalar comportamentos que o clube "diferente" teve antes, durante e depois da final de Domingo e que são merecedoras de censura.
1) Não foi muito comentado mas o raspanete público de Sá Pinto a Adrien configura um comportamento muito feio, potencialmente (se Adrien não fosse o profissional sério que mostrou ser) atentatório da verdade desportiva. Sá Pinto lembrou, em tom ríspido em vésperas de um jogo decisivo, que Adrien era pago pelo Sporting, o que pode ser visto como uma tentativa de o condicionar. O mesmo Sá Pinto, após o jogo, desrespeitou a Académica ao dizer que "o Sporting não pode perder uma final com a Académica".
2) João Pereira voltou a merecer a expulsão e a exibir comportamentos reprováveis nos campos de futebol.
3) Uma jornalista da SIC foi incomodada e empurrada bruscamente por um adepto do Sporting, enquanto outros lhe gritavam "Benfica, a SIC é do Benfica"...
4) O árbitro Paulo Baptista foi, enquanto subia a escadaria em direcção à tribuna do Jamor, alvo de tentativas de agressão, de insultos e (dizem, isso não vi) cuspidelas por parte de adeptos do Sporting, por se ter recusado a arbitrar o Sporting na segunda jornada do campeonato.
Vi num outro blog um adeptos dizer algo do estilo: "para que estão agora a atirar pedras aos sportinguistas? São todos iguais!".
De facto, maus comportamentos existem em todos os clubes, embora nem todos sejam iguais. O que tem diferenciado o Benfica de outros clubes, é que os seus dirigentes, comentadores e mesmo a grande maioria dos seus adeptos, condenam veementemente tais comportamentos e deixam claro que eles não representam a forma de estar do Benfica. Os outros, que se afirmam "diferentes", insinuando que o Benfica é o clube da ralé e eles são de sangue azul, pelo contrário sempre se desresponsabilizam e escusam a condenar os comportamentos lamentáveis.
Quando houve a lamentável cena da batalha campal de adeptos na final de juniores, a culpa foi dos adeptos do Benfica, quando era claro que tinha havido arremesso de pedras de ambas as partes. Quando houve confrontos com adeptos do Atlético de Madrid e as claques do Sporting ameaçaram atacar mulheres e crianças do clube espanhol, a culpa era dos outros. Quando, há uns anos, invadiram o campo, após um golo de Giovanni, a culpa era da ffrustração. Quando recentemente se envolveram à pancada com a polícia em Alvalade, a culpa foi da brutalidade policial. Quando deitaram fogo ao estádio da Luz, a culpa era das condições pré-históricas. E agora a culpa foi do Adrien, do árbitro, etc.
Uma última nota. Fiquei hoje a saber, através da crónica do próprio no jornal "A Bola", que Eduardo Barroso se recusou a cumprimentar o árbitro da final e o deixou de mão estendida.
É nisto que hoje se manifesta a "diferença" do Sporting.
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