quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Benfica-Spartak - notas dos jogadores

São estes os veredictos da Justiça Benfiquista em relação ao jogo de ontem:


Pódio dos melhores em campo

Ouro: Cardozo (17 valores em 20). Mudou completamente o jogo, marcando dois golos, expulsando um jogador e conquistando um penalty e criando ainda, com as suas movimentações e a sua presença, várias oportunidades (sim, as oportunidades criam-se, não "basta estar lá").

Prata: Artur (16 valores). Seguro, fez duas defesas enormes a não deixar o Spartak marcar em situações em que os jogadores apareceram isolados à sua frente. Foram momentos decisivos do jogo, pelo que o seu contributo para a vitória é muito grande.

Bronze: Ola John (15 valores). Começa a mostrar porque o Benfica tanto fez para o contratar. Rápido, incisivo, com tremenda capacidade no um-para-um, a conseguir várias situações de ida à linha e cruzamento. Critério no último passe.


Outros destaques

Garay: Também uma excelente exibição, a dar uma enorme segurança e qualidade defensiva à equipa. Destaca-se um corte no fim da primeira parte e a situação em que foi agarrado e puxado e deveria ter dado penalty a favor do Benfica. 15

Melgarejo: Muito boa exibição, com diversas subidas ao ataque e combinações muito boas com John. Saúda-se o ótimo regresso à equipa. Teve mesmo uma assistência, para o primeiro golo de Cardozo. 15

André Almeida: lançado às feras, como se costuma dizer, foi sempre aplicado, rigoroso e combativo, num meio campo onde várias vezes estava em inferioridade numérica. Ainda subiu pelo menos uma vez ao ataque numa bela jogada que teve algum perigo. Não se deu muito pela ausência de Matic e não resultou da sua presença em campo nenhum embaraço, o que é dizer muito para um jogador tão jovem e ainda pouco rodado nestas lides. 14

Jardel: esteve também muito seguro e autoritário. Tem sido exemplar na forma como "tapou" a ausência prolongada de Luisão. Um exemplo de dedicação à equipa. 14

Enzo: mostrou a sua qualidade habitual, numa missão de sacrifício, tendo feito um corte importantíssimo a resolver uma situação de contra-ataque do Spartak. Conduz a bola e passa-a à distância como nenhum outro neste momento no Benfica. 14

Bruno César: mostrou alguns apontamentos, sobretudo bons remates, esperando-se que sejam indicativos de melhorias face aos últimos (muito maus) jogos. 13

O treinador

Jorge Jesus merece nota alta: 16 valores. A sua decisão de deixar Cardozo no banco é discutível mas tem que se dar mérito ao treinador por conseguir disfarçar as ausências de: Luisão, Aimar, Carlos Martins, Matic (e a "semi-ausência" de Gaitan, que não andará bem em termos físicos). É notável como, sem poder contar com tantos jogadores importantes para a equipa (e note-se que já nem me refiro aqui às ausências que já são definitivas de Javi e Witsel), consegue ainda assim montar uma equipa não só altamente competitiva mas até muito superior ao Spartak (que, claro, que agora é uma equipa miserável mas há umas semanas, depois de pregar um susto ao Barcelona, era fantástica).

O árbitro

Aqui avalio não apenas o áribitro principal mas a equipa, que merece uma nota negativa: 7 valores.
Num jogo que não foi muito fácil, errou ainda assim demasiado: pelo menos um penalty claro por marcar a favor do Benfica (aos 2 minutos) e um golo mal anulado a Cardozo. É muita coisa, numa partida em que ainda permitiu excessiva agressividade dos russos. Houve pisões, pontapés e cotoveladas que passaram incólumes. São erros a mais para este nível. Só não tem uma nota mais baixa porque no restante (na condução do jogo e na marcação de faltas para um lado ou outro) manteve um critério relativamente uniforme e não denotou uma intenção de inclinar o campo (como tantas vezes acontece em Portugal).

1 comentário:

  1. Concordo Frank, em relação à opção tática de JJ em deixar o Cardozo no banco,apenas repito omque escrevi sobre o assunto:"Não deixa também de ser curioso registar, que aqueles que agora criticam essa opção porque Cardozo resolveu, são os mesmos que andam há imenso tempo a exigir a Jorge Jesus uma dupla Lima/Rodrigo e que não sem cansam de falar mal e de assobiar se preciso for, aquele que é só um dos melhores pontas de lança da história do clube.

    Enfim, aqueles que são uma espécie de Marta Pereira a falar mal do Paraguaio, a realçar os golos que falha em vez dos muitos que marca, são agora os críticos da opção táctica do treinador, criticas essas para mim sem qualquer fundamento.
    Faz-me confusão que numa opção táctica que resultou em cheio, em vez de se elogiar se critique o treinador, ou seja, qualquer outro treinador, que faça saltar um jogador do banco e ele resolva, marcando o golo do triunfo, é logo elogiado pela opção que tomou em fazer entrar aquele jogador, pelos vistos, com Jorge Jesus é diferente, as costas são largas, neste caso, ele faz entrar o jogador que resolve o jogo e é criticado por ele o ter resolvido, portanto caro Jorge Jesus, tem cuidado com as substituições, porque sempre que faças entrar um jogador que dê a vitória ao Benfica, será sempre uma má opção porque ele devia ter jogado de início, enfim, santa paciência."

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