Luis Filipe Vieira foi eleito com uma enorme maioria (83,02% contra 13,72% de Rangel). A vitória de Vieira nunca me pareceu em causa, pois Rui Rangel não conseguiu a onda de vitória que seria necessária para desalojar um Presidente que, apesar das duas más épocas desportivas passadas, tem objectivamente uma obra feita no Benfica. O anúncio do fim da relação com a Olivedesportos deu à vitória a expressão que teve.
É hora de união, é hora de cerrar fileiras. Vêm tempos difíceis a caminho, com os constrangimentos económicos do país e - não tenho dúvidas - uma última ofensiva do sistema, que fica, a partir do fim do monopólio da Sporttv, com um dos seus alicerces muito fragilizado. Temos, independentemente das arbitragens, um adversário muito forte no Porto e só um Benfica muito determinado e unido pode ser vencedor a nível nacional.
É pois hora de união, de aceitar os resultados e de saber respeitar os vencidos. Rangel mostrou o seu benfiquismo e teve a coragem de avançar, com algum risco para a sua imagem pública e credibilidade. Acompanharam-no benfiquistas verdadeiros, animados de esperança, que merecem ser felicitados pela sua coragem em dar a cara e avançar. Têm todo o meu respeito. Muitos acreditaram num projecto diferente para o Benfica, que certamente esperavam que seria mais vencedor do que o de Vieira.
Mas os sócios expressaram-se de forma inequívoca e mostraram o seu apoio e a sua crença em Luis Filipe Vieira. É nele que confiam para levar o Benfica à posição cimeira em que merece estar. Saibamos pois todos celebrar a democracia benfiquista e aceitar os resultados. Saibamos ultrapassar diferenças em nome do nosso lema. O Presidente e a sua direcção devem também dar passos para esta união, para que todos se sintam em casa no Benfica.
Somos todos benfiquistas pelo que a partir de amanhã só uma coisa importa: apoiar o nosso clube do coração.
Quanto aos que receberam o resultado com insultos e petardos, que dizem que os sócios são estúpidos por ter votado como votaram e que isto não é o Benfica, têm bom remédio: vão-se embora e não voltem a aparecer. Nós, os benfiquistas cujo clubismo e paixão não depende de quem é o Presidente nem de projectos de poder, não sentiremos falta nenhuma.
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