Terminada a primeira "volta" da fase de grupos da Champions League, a situação das 3 equipas portuguesas é muito diferente e infelizmente a do Benfica é sem dúvida a pior. Um ponto em três jogos, num grupo em que, além do Barcelona, temos duas segundas linhas, é bastante mau.
Acrescem duas agravantes. Em primeiro lugar, o Spartak vinha de 3 derrotas seguidas quando defrontou o Benfica! Em segundo, o Barcelona teve mais dificuldades nos jogos contra o Spartak e Celtic (em Camp Nou) do que no jogo da Luz. E podia ainda acrescentar um outro aspecto, que é o facto do Benfica ter apenas 1 golo marcado em 3 jogos e ter em dois deles sofrido um golo logo nos primeiros minutos. Ao terceiro ano consecutivo a jogar a este nível e depois da muito boa campanha do ano passado esperava-se mais.
Mais qualidade e mais ambição.
Veja-se o que fez o Braga em Manchester. Jogou com personalidade e podia ter causado uma surpresa com um orçamento muito menor do que o do Benfica. Mas ainda assim, no fim do jogo o discurso que se ouviu foi de inconformismo. O seu presidente mesmo deu um raspanete à equipa, dizendo que não se podiam cometer erros a este nível. No Benfica, pelo contrário, depois de perder bem contra uma equipa mediana, veio JJ dizer que merecíamos pelo menos o empate. Algo tem que ser repensado.
Já quanto ao Porto, tem 9 pontos em 3 jogos. O seu grupo é o mais fácil dos 3 mas ainda assim a equipa não facilitou. Há duas coisas que resultam desta 1ª volta do Porto e em que o Benfica deve meditar. Em primeiro lugar as estatísticas do jogo com o Dinamo de Kiev: o Porto fez 4 remates, 3 deles à baliza; marcou 3 golos. Isto demonstra eficácia e também que a finalização se treina, ao contrário do que parece acontecer com JJ. Demonstra ainda que jogar bem não equivale a atacar desalmadamente e a desproteger totalmente a defesa. O outro aspecto a meditar é este: mais uma vez, tal como com Falcão, o Porto acertou na contratação de Jackson. Hulk não fará falta à equipa. A única atenuante é que o Benfica conseguiu "resgatar" Lima, que é neste momento o nosso melhor avançado, ao Porto.
Em suma, uma campanha muito abaixo das expectativas do Benfica na Champions, que só por acaso ainda não está totalmente comprometida. Mas acima de tudo um aviso muito forte para a competição interna: ou melhoramos muito ou no fim do ano estamos novamente a ver os outros festejar. E insisto: é impreterível contratar um médio defensivo em Dezembro.
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