sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Outras Ligas

Face à pausa no campeonato e à não definição do adversário do Benfica para a Taça, pouco mais nos resta senão dar um pouco mais de atenção ao que se passa nas outra Ligas Europeias, as quais ao contrário da nossa não param este fim de semana.

Assim teremos um interessante derby em Madrid, com o Real a receber o Atlético, amanhã pelas 21.00h. Futre disse à Bola TV que era este "o momento ideal para o Atlético ganhar no Barnabéu", considerando que a sua ex-equipa está "mais forte do que o Real em quase tudo". Tenho dúvidas de que esta análise seja completamente objectiva mas veremos.

O Barcelona joga duas horas antes, com o Bilbao, naquele que é o seu último compromisso antes de defrontar o Benfica.

Em Inglaterra, onde se antevê nova corrida a dois entre os "Manchesters", corrida que o United lidera agora com um ponto de avanço, não há grandes jogos neste fim de semana. O City com o Everton é talvez à partida o mais interessante (amanhã às 15.00h). Nota ainda para a campanha muito negativa do Arsenal que com apenas 14 jornadas jogadas está já a 12 pontos do 1º.

Em Itália, onde a Juventus cedeu nas últimas semanas algum terreno, tendo o Nápoles à perna agora a apenas dois pontos, há precisamente o derby de Turim, Juventus-Torino, amanhã às 19.45h.

Na Alemanha há um Bayern-Dortmund, amanhã às 17.30h.

Para terminar com uma nota positiva relativa ao futebol português, destaco que a UEFA premiou a FPF pela sua iniciativa de dar descontos de 50% em bilhetes em troca de compras no Continente. Refere também Luis Delgado n' "A Bola" que além dessa acção positiva (que se traduziu em grandes assistências nos jogos da selecção) a Federação deve também ser elogiada por ter liquidado verbas relativas ao Totonegócio, permitido aos clubes algum espaço para respirar. Essas verbas terão resultado da deslocação ao Gabão.

Calendário do Benfica em Dezembro (A e B)

Liga dos Campeões


Barcelona-Benfica, Camp Nou, quarta-feira, 5/12 às 19.45h (6ª e última jornada da fase de grupos)


Campeonato (Liga Zon Sagres)


Sporting-Benfica, Alvalade, segunda-feira, 10/12 às 20.15h (11ª jornada)
Benfica-Marítimo, Luz, Sábado, 15/12 às 20.30h (12ª jornada)

 

Taça da Liga


 Olhanense-Benfica, quarta-feira, 19/12 às 19.45h (1ª jornada)
Moreirense-Benfica, Domingo, 30 de Dezembro às 16.00h (2ª jornada)

Nota: a hora e data referentes à 2ª jornadas da Taça da Liga são as horas por defeito, que não contemplam ainda alterações (mais do que previsíveis) por motivos de transmissões televisivas.


Taça de Portugal

O Benfica aguardou o resultado de dois jogos em atraso: o Caldas-Coimbrões (referente à 3ª eliminatória) e Aves-Coimbrões. Finalmente sabemos que vamos jogar com o Aves para os oitavos de final e já há data: 2 de Janeiro (uma quarta-feira) às 20.00h no Estádio da Luz. Curiosamente o sorteio acontece antes disso e determinará não só os jogos dos quartos de final mas também das meias finais. O sorteio é já na terça-feira, dia 18 de Dezembro.


 

Benfica B (Segunda Liga)


Benfica B-Marítimo B, segunda-feira, 3/12 às 17.30h (transmissão na BenficaTV)
    Arouca-Benfica B, Domingo, 9/12 às 15.00h
Benfica B-Trofense, Domingo 16/12 às 15.00h
   Porto B-Benfica B, Domingo 23/12 às 15.00h
Benfica B-Freamunde, Domingo 30/12 às 15.00h.

Também aqui poderão existir alterações às horas dos jogos.

Paragem na competição

O Benfica, por complicações na decisão de um jogo da Taça de uma eliminatória anterior, não vai jogar este fim-de-semana, como os outros clubes que se mantêm na competição e terá assim alguns dias sem jogos. Voltámos a entrar em acção na quarta-feira em Nou Camp e depois jogámos em Alvalade na segunda.

É um regresso a sério à competição, com pouca margem de erro.

Sobre as hipóteses que mantemos de seguir na Champions (que para mim são ainda algumas) falarei nos próximos dias. Sobre o jogo de Alvalade já disse alguma coisa e certamente voltarei também ao assunto.

O que queria agora partilhar é a minha opinião de que esta calendarização não é muito adequada. Senão vejamos: em vários campeonatos europeus (pelo menos o francês, o inglês e o espanhol) houve jornada a meio desta semana. No fim de semana haverá nova jornada. Não poderíamos fazer o mesmo em Portugal? Ou pelo menos jogar a eliminatória da Taça durante a semana e o Campeonato no fim de semana?

Penso que seria mais positivo e evitar-se-ia um interregno de duas semanas no campeonato que me parece desajustado. Como aliás me parece desajustado começar o campeonato no pico do calor do Verão, quando a maioria das pessoas está de férias e não pode sequer comparecer nos estádios. É algo que não tem nenhuma explicação razoável e que decorre apenas de andarmos sempre a imitar os outros (cujos campeonatos por sinal têm "só" mais oito jornadas que o nosso). Com apenas 16 equipas poderíamos muito bem começar a competição mais tarde e assim evitar estes "buracos" que ficam por preencher no calendário.

Amanhã regressa assim a Taça, mas ainda sem Benfica. Teremos o Braga-Porto, decisivo para a carreira de Peseiro, como aventei há uma semana. Desejo-lhe boa sorte.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Da atitude do Braga

Disse Artur, no final do jogo de Braga no ano passado, em que faltou a luz por três vezes e Proença viu uma mão de Emerson na área mas não viu um agarrão a Luisão dentro da área do Braga e, numa agressão à cotovelada de Djamal a Gaitan, só viu razão para amarelo, disse Artur no fim desse jogo que "quando o Benfica aqui joga acontecem sempre coisas do outro mundo".

Já quando o Porto joga em Braga, não acontecem nenhumas coisas do outro mundo. Pelo contrário só acontecem coisas bem deste mundo, deste nosso mundo do futebol português: previsíveis e risíveis.

O ano passado deu-se o apagão da equipa do Braga (na altura dizia-se até que Leonardo Jardim estava apalavrado para ser o futuro treinador do Porto). Neste ano deu-se o apagão dos seus dirigentes.

Após um jogo em que nem o árbitro (o tal Xistra que em Coimbra via penalties de cada vez que a Académica se aproximava da área do Benfica - no primeiro, o jogador nem precisou de lá entrar...), nem o fiscal de linha viram um penalty do tamanho da pedreira, em que houve confrontos entre adeptos (e também com a polícia) e lançamento de inúmeros petardos por parte da claque visitantes, Salvador, sempre tão cioso da defesa do seu clube estava desaparecido em parte incerta.

***

É curioso o que vem acontecendo em Braga de há uns anos para cá. Uma cidade hospitaleira e pacífica tornou-se de um momento para o outro de uma hostilidade violenta para com o Benfica e os seus apoiantes. Primeiro foram as agressões cobardes (pelas costas) a Cardozo e até a Raúl José, que ali tinha sido treinador adjunto com Jesus.

Depois foram as agressões, físicas e verbais, de Alan a Javi Garcia que, naturalmente, viria a ser expulso num dos jogos. Pelo meio houve speakers furiosos a berrar durante os jogos, casos de apagões, casos de arbitragens, alegados insultos ao Presidente LFV e ainda casos de agressões, em pleno centro da cidade, a adeptos benfiquistas que pacificamente festejavam a conquista do único título dos últimos anos.

O que fizeram os benfiquistas (tão numerosos em Braga) para merecer este tratamento é algo que permanece por explicar.

Já com o Porto - neste momento bicampeão e até vencedor sobre o Braga de uma final europeia - tudo se parece passar na maior das tranquilidades. E assim foi mais uma vez, pelo menos para os dirigentes do Braga. E os jogadores.

Não consta que Rúben Micael, Hugo Viana (apesar de um bate boca com Vítor Pereira), Mossoró ou Alan tenham agredido ou acusado de racismo ou de qualquer outra falta de carácter nenhum jogador do Porto.

Mais do que isso - e mais surpreendente - é de assinalar que nem de nenhum deles se ouviu qualquer indignação pelo penalty não assinalado. Nem Douglão, que lamentou a falta de sorte, se referiu (que eu tenha ouvido) ao lance.

E do presidente já falei. António Salvador, que na semana anterior se referira ao golo anulado à sua equipa, desta vez ficou mudo e quedo. Eu imagino o que seria se isto se passasse com o Benfica. Mas não passa - não neste mundo. Em três jogos com os grandes, o Braga foi prejudicado em dois e beneficiado num. Advinhem com quem.

Assim se passam as coisas neste mundo.

Crime no Porto

Nunca é demais recordar que Rui Moreira,que abandonou um programa em directo por não aceitar "autos de fé" (a leitura de escutas do apito dourado), colocou, quando ainda estava no "Trio d' Ataque", Lisboa no seu "fundo", chamando à capital do País "Palermo".

Rui Moreira, convém também não esquecer, não é o líder dos superdragões. É alguém com altas responsabilidades que pensou até ser candidato à Presidência da Câmara (mas não teve apoios).

Convém por fim recordar que este discurso se alimenta de e legitima um outro, que é o de classificar a população portuguesa de Lisboa e do sul em geral como "mouros", que seriam assim uma espécie de sub-humanos. Este discurso, para além de divisionista e racista (e aparentemente ninguém se preocupa com isto neste País), incita à violência, pois gera a ideia de que os outros, os "mouros", são de uma sub-raça que é legítimo insultar, agredir, roubar e espancar.

Pois bem, acontece que foi no Porto que os juízes criaram um invólucro, uma espécie de bola de cristal à volta de Pinto da Costa que lhe permitiu furtar-se (a si e ao seu clube) à justiça.

Acontece que só por razões formais Pinto da Costa não foi condenado por corrupção.

Acontece que só através de um ambiente de intimidação, de impunidade (Carolina Salgado até foi agredida à porta do Tribunal do Porto) e de compadrio com juízes é que Pinto da Costa conseguiu fugir à justiça. Só num sistema de troca de favores e compadrios se aceita que uma visita de um árbitro a casa de um dirigente, durante a noite da véspera de um jogo, com uma testemunha a dizer que lhe entregou um envelope de dinheiro ao árbitro, passe incólume, descredibilizando-se a testemunha e acreditando-se na palavra dos acusados, engolindo-se a versão de que a visita serviu apenas "para falar do pai do árbitro".

Isto não aconteceu em Lisboa, aconteceu no Porto.

Como foi no Porto que houve um caso chamado "noite branca", do gang da Ribeira. Não apenas o caso, que meteu inúmeras "esperas", agressões, tiroteios e mesmo mortes foi no Porto, como teve ligações a Fernando Madureira, líder da claque do clube e convidado do presidente do clube da noite de Natal.



Em Lisboa, os jogadores do Porto passeiam no Parque Eduardo VII nas vésperas de jogos importantes. No Porto, os jogadores do Benfica são recebidos à pedrada, só por milagre não tendo há dois anos acontecido uma tragédia com Pablo Aimar.

Mas para cúmulo do azar de quem quer chamar a Lisboa, capital histórica de um Império Mundial, que ia do Brasil a Timor, de Palermo, acontece que foi agora no Porto (notícias de hoje dos jornais) que:

- Inspectora da PJ do Porto mata avó do marido com 14 tiros;
- Chefe da PSP do Porto garantia impunidade do tráfico de droga.

E estes casos juntam-se a um outro, de que não quero falar muito por respeito para com a família do falecido, porque quase nada sei e porque se diz que foi suícidio, de uma morte no Estádio do dragão.

Nada tenho contra o Porto cidade. Infelizmente há problemas e criminalidade em todas as grandes cidades. Mas não posso aceitar que se chame de Palermo à capital do meu País. Há limites para tudo, apesar de alguns julgarem que tudo vale para ganhar.

Crónica de Leonor Pinhão

A presunção estava lá toda. Só faltou a água benta.



"(...) entre o Porto e o Benfica não há quem descole (...)


" A queda abrupta do Sporting de Braga para posições a que não estava habituado é a novidade maior desta liga (...). Os analistas dados às forças do ocultismo dirão que o Sporting de Braga anda a penar com as alminhas desde que o seu presidente, António Salvador, lhe proclamou a ascensão ao estatuto de terceiro grande do futebol português.
A presunção estava lá toda. Faltou, no entanto, a água benta.
E como? E porquê?
Está aberta a época dos clássicos do futebol português (...) opuseram o Sporting de Braga ao Sporting (...) e ao FC Porto, em Braga, que redundaram em duas derrotas que muito atrasam os minhotos na luta pelo topo da tabela.
Diga-se que o Sp. de Braga dominou como muito bem quis a segunda parte do jogo de Alvalade e, depois, jogou taco-a-taco com o FC Porto, quase anulando as diferenças entre os dois. Mas perdeu sempre porque lhe faltou água benta em ambas as ocasiões.
O campeonato português seguia relativamente tranquilo até à chegada dos primeiros clássicos do calendário. Mas já se sabe com os clássicos chegam também os nossos valorosos árbitros internacionais e como não há belas sem senão... lá regressa em todo o seu esplendor o protagonismo de quem não devia.

O mau momento do Sporting é um exclusivo dos sportinguistas e não fica bem aos adversários (...) apontar incompetências ou espicaçar ânimos e desânimos com graçolas cruéis. (...)
e se é para falar do Sporting do momento presente só vale se for para apontar o que funciona bem, ou seja, as coisas boas. E há coisas boas e que funcionam bem em Alvalade.
O Presidente por exemplo.
A equipa de futebol saiu de Moreira de Cónegos mais longe de todos os seus objectivos e o treinador, mais um, saiu de rastos. Já o presidente saiu em grande e bastou atentar nas primeiras páginas dos jornais do dia seguinte para se concluir, de forma inapelável, que o responsável pela reviravolta no resultado foi Godinho Lopes.
(...)
Com um presidente destes nem é preciso treinador.
(...)
o argentino Juan Iturbe tem vindo a falhar estrondosamente as suas legítimas tentativas para se impor na equipa principal do FC Porto. (...) Dá conta a imprensa da especialidade que, aproveitando mais uma folga, Juan Iturbe optou por se deslocar em passeio até à capital e, fazendo-se fotografar junto à Torre de Belém, divulgou a referida imagem pelas redes sociais. Diz que agora lhe chamam mouro e no que se foi meter.

De uma entrevista antiga de Guilherme Espírito Santo, campeão de campeões no Benfica, 4 campeonatos de futebol, 3 Taças de Portugal, 147 golos em 207 jogos, e também recordista nacional do salto em altura, campeão nacional de salto em comprimento e de triplo salto:
-Naquele tempo, existiam alguns preconceitos racistas por causa dos jogadores de cor. Um dia, em 1947, num hotel da Madeira, queriam colocar-me num anexo por ser negro. Os jogadores do Benfica disseram que para onde eu fosse ele também iam. E acabámos todos a dormir no anexo.
Guilherme Espírito Santo, um símbolo do símbolo."
-

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Começaram as tentativas de desestabilização

O Benfica tem estado surpreendentemente forte esta época. Depois das saídas de Javi e Witsel e da não contratação de nenhum lateral esquerdo (para além do adaptado Luisinho) nem de um substituto para Maxi, poucos esperaríamos que estivessemos neste momento com 26 pontos (que deveriam ser 30) em 10 jogos. Dia 10 jogamos em Alvalade e se ganharmos "arriscamo-nos" a receber o Porto (14ª jornada, agendada para dia 13 de Janeiro) no mínimo em igualdade pontual e com muita confiança em nós próprios.

Esse é um cenário perigoso para o Porto. O ano passado ganhou na Luz como sabemos: com (pelo menos) um golo ilegal e contra 10 jogadores. Mas essa equipa do Benfica que só foi batida por ajudas arbitrais (o tal fiscal que "viu mas não quis marcar" para além da "proençada" do costume) não vinha de uma boa série. Pelo contrário, vinha de uma derrota em Guimarães e de um empate em Coimbra. E mesmo assim teve forças para dar a volta a um resultado desfavorável de 0-1 para 2-1. Um Benfica forte como é o actual será portanto muito complicado para este Porto. E esse é um cenário que muitos já estarão a tentar "acautelar".

O calendário do Benfica para o campeonato até esse jogo é o seguinte:

Sporting, Alvalade 10 de Dezembro
Marítimo, Luz 16 de Dezembro
Estoril, Coimbra da Mota 6 de Janeiro

Convenhamos que as perspectivas do Benfica perder pontos são apesar de tudo mais elevadas no jogo com o Sporting do que nas outras partidas.

Esta é portanto a altura de fazer o ataque. E não duvido que ele surgirá. A tempo direi como mas não é difícil antecipar.

Por agora, vão aparecendo "notícias" que visam desestabilizar a nossa equipa - e alguns caem nesta esparrela, indo atrás do isco, como os nossos inimigos desejam: é o ordenado de Jesus, é o "assédio" a Garay, são as "exigências" de Cardozo, é Nolito que é desejado por vários, é o próprio Ola John, que de não convocado passa a cobiçado pelos tubarões. E por aí fora...

Há que desestabilizar, pois nem Xistra (apesar dos pontos ROUBADOS nesse jogo) nem Soares Dias, nem os comentadores "antis" conseguiram abalar o espírito de equipa e a concentração do Benfica no campeonato. Há que desestabilizar, pois a perspectiva do Benfica não apenas "sobreviver" a tantas saídas e lesões mas conseguir mesmo acabar uma primeira volta à frente do Porto, causa inquietação nos Papas e bispos do Norte. O momento é este.

Os benfiquistas que não se deixem cair no engodo.

Do jogo do ano ao jogo da vida

Escrevi neste blog, antes mesmo da época começar, quando os comentadores falavam de um "Sporting muito forte" e de uma "grande equipa" que certamente ombrearia com Benfica e Porto, que aquele clube enfrentava dificuldades muito sérias e corria mesmo o risco de vir a fechar portas.

Desde então voltei a escrever sobre o Sporting, nomeadamente antecipando a substituição de Sá Pinto por Oceano ainda antes do jogo com o Videoton e descrevendo o longo processo de agonia daquele clube que o pode, no limite, levar à descida de divisão. Volto a dizer que, apesar de muito implausível, não considero esse cenário impossível.

Também tenho dito que o Sporting é o rival por excelência do Benfica, algo que se tem esbatido e desvirtuado nos últimos anos por duas razões principais: 1) a crescente perda de competitividade do Sporting, resultante em parte de uma má gestão e em parte da hegemonia do Porto, obtida à custa de favores arbitrais e domínio das estruturas de poder do futebol; 2) uma esquizofrenia anti-benfiquista que levou o Sporting a abraçar de forma contranatura o Porto, ao qual aceitou submeter-se desde que isso prejudicasse o Benfica. Com isto, o Sporting conseguiu duas coisas: i) fortalecer ainda mais o Porto; e ii) perder a sua identidade, tornando-se ainda mais fraco e incapaz, sobretudo pela corrosão moral e dos princípios da ética desportiva que durante tanto tempo apregoou  (e definitivamente agora abandonou).

Chegado a este ponto, o Sporting já não vive - sobrevive e a custo. E, ao invés de olharem para dentro e perceberem em que momento se afastaram do caminho, se tornaram cegos e fizeram o seu clube perder o rumo, os adeptos sportinguistas insistem e marram cada vez mais contra uma parede. É ver Dias Ferreira a recusar-se liminarmente a criticar as arbitragens que tão descaradamente beneficiam o Porto, ainda que em prejuízo do seu clube (pois acha que isso é fazer o "jogo" do Benfica), como todos os sportinguistas continuam a falar de Lucílio Baptista e da Taça da Liga de há 5 anos (que portanto justificaria tudo o que desde então se vem passando nas arbitragens em Portugal e todos os prejuízos de que o Benfica é vítima), é ver como os adeptos apoiaram Paulo Pereira Cristovão, é ver como foi escolhido Sá Pinto e como se cantava no estádio "aperta com eles Sá Pinto". Enfim, é toda uma mentalidade trauliteira e anti-benfiquista primária, que submete os verdadeiros interesses do Sporting (que deveriam antes de mais nada ser os de uma Liga limpa, justa e com critérios iguais para todos) ao combate acéfalo e contraproducente a um Benfica que tem nos últimos anos pugnado justamente pela lisura da competição e pela sustentabilidade do futebol em Portugal.

E, para sobreviver, este Sporting descobriu agora a fórmula mágica: vencer o Benfica no próximo dia 10 de Dezembro. O seu presidente já o sugeriu (garantiu mesmo que isso iria acontecer) e Rui Oliveira e Costa também o afirmou.

Não se trata agora já de "salvar" a época, tentando contribuir para atrasar o Benfica e provavelmente dar mais um campeonato ao Porto, que os tem ganho quase todos nos últimos anos. Trata-se, ainda mais do que isso, de salvar o clube! O Sporting pede 3-0 com o Videoton e o Basileia, é eliminado da Taça na primeira eliminatória, está arredado do título desde Outubro e da europa desde Novembro mas os sportinguistas só querem ganhar ao Benfica.

Posso estar muito enganado, mas creio que isso não acontecerá. Dia 10 de Dezembro o Benfica entrará em Alvalade só com um pensamento - ganhar e continuar na luta pelo título até que os árbitros o roubem à força das nossas mãos como fizeram no ano passado.

O Benfica nada tem hoje que ver com o Sporting. É um clube sério, onde se trabalha com muito rigor e competência. A atitude que tem tido no decurso da época é a que vai ter em Alvalade. Em condições normais, o Benfica vencerá o Sporting de forma concludente. As crises de Alvalade não são criadas pelo Benfica, são criadas pelos próprios adeptos daquele clube. A nós só nos cabe fazer o que sabemos e vencer o jogo. O resto é com eles. É deixá-los a falar - sozinhos, de preferência.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

As anedotas do dia futebolístico

Godinho Lopes: "estamos a subir, degrau a degrau. Na jornada passada estávamos em 10º, agora já estamos em 8º".

"A Bola": "Tottenham: Villas Boas quer Van Wolfswinkel em janeiro". Como se isto por si só não bastasse para nos fazer rir (embora de Villas Boas tudo seja de esperar...), diz-se ainda que "o Arsenal, Liverpool e Sunderland também têm sido associados ao ponta-de-lança." Penso que desta vez se terão esquecido do Milan, da Juventus e do Barcelona, que também andam de cabeça perdida por este prodígio...

Outra anedota, também relativa ao Sporting. Como se sabe, o clube de Alvalade enfrenta graves dificuldades financeiras. Pois bem, ao intervalo do jogo de Moreira de Cónegos, Godinho Lopes foi ao balneário com isso contribuíndo para mais uma despesa: uma multa de 8 mil euros...

Para terminar a secção Sporting, mais uma pérola, desta vez de Rui Oliveira e Costa: "coitado do Vercauteren".

Ainda uma última situação caricata, esta oriunda de Inglaterra: depois de despedir o treinador que lhe realizou o sonho de ser campeão europeu (com uma equipa sem muitas estrelas, que aliás estivemos à beira de eliminar), Abramovic contratou Rafa Benitez, que não tem deixado saudades por onde passa. Pois bem, no seu primeiro jogo em Londres (contra o Manchester City) muitos foram os adeptos que pediram a... saída de Benitez, tendo mesmo exibido inúmeras tarjas nesse sentido (Rafa Out) e apupado o seu treinador. No mínimo insólito.

Noutras notas mais sérias, mas ainda assim com o seu quê de caricato, o mesmo Chelsea, depois de acusar um árbitro de racismo veio-lhe pedir desculpa e retratar-se, ao passo que Luiz Adriano, jogador que marcou um golo absolutamente vergonhoso na última jornada da Liga dos Campeões foi castigado pela UEFA com um jogo de suspensão por falta de fair play.

Benfica deve rever prioridades - sistema e playstation

Depois de ver um golo anulado no jogo contra o Braga (provavelmente um caso quase único no futebol mundial, o de anular um auto-golo!) que nos retirou dois pontos, depois de ver serem marcados dois penalties inexistentes contra nós em Coimbra, depois do que se passou em Braga nesta jornada, penso que o Benfica deve rever as suas prioridades.

Jesus declarou que a prioridade este ano era o campeonato. Ora ganhar o campeonato, para usar uma expressão do próprio Jesus, só na playstation. Em Portugal só um pode ganhar o campeonato. Não percebo como os dirigentes do Benfica ainda não o entenderam.

Depois da nossa vitória em 2010, Pinto da Costa admitiu que tinha andado "distraído" e que a coisa não se repetiria. As duas épocas transactas demonstraram como ele estava a falar a sério. Depois de em 2010/2011, a "época de sonho" em que às primeiras jornadas o Benfica já tinha sido expoliado de 8 pontos e o Porto beneficiado noutros tantos, e de 2011/2012, em que valeu tudo nas últimas 11 jornadas, ficou bem claro como os árbitros já nem se preocupam em manter aparências. Todos assumem claramente quais as regras do jogo.

O Sporting aceita essas regras porque elas impedem o Benfica de vencer (seu maior pesadelo), o Braga aceita porque elas lhe permitem andar nos lugares cimeiros e os árbitros principais aceitam porque continuam a ter boas notas dos observadores e a qualificar-se para o estatuto de internacionais.

Fica o Benfica a falar sozinho, numa cruzada contra tudo e todos, porque num país subserviente, adulador dos vencedores, amorfo e onde impera a impunidade, as vitórias tudo branqueiam e justificam. No fim ganha sempre "o melhor", ainda que para lá chegar se atropelem todas as regras de equidade e elementar decência. O Porto até tem bons jogadores e de vez em quando até joga bem... Os "erros" dos árbitros "fazem parte do jogo". Ganhar justifica tudo, perder demonstra a fraqueza de quem se queixa.

Nesta medida, o Benfica deveria "esquecer" o campeonato, abandonar a sua pretensão de ser campeão.

O Benfica só conseguirá ser campeão quando for capaz de golear todos os adversários por 4 e 5 golos de vantagem e ainda vencer Braga, Sporting e Porto, mesmo com penalties, expulsões e golos anulados contra si. Convenhamos que, mais do que ser difícil, essa é uma tarefa quase impossível.

No ano passado, contra o Braga fora tivemos um penalty contra inexistente e uma expulsão perdoada ao adversário. Contra o Sporting fora tivemos um penalty inexistente contra nós, um existente não assinalado a nosso favor, uma expulsão perdoada (diversas vezes) a João Pereira e a expulsão de Luisão. Na Luz contra o Porto tivemos um golo contra em fora de jogo descarado e a expulsão injusta de Emerson.

Só quando formos um Barcelona ou um Real Madrid conseguiremos ultrapassar estas contrariedades e ser campeões.

Como isso não parece estar em vias de acontecer, o Benfica deve esquecer essa quimérica vontade de ser campeão.

Aqui as coisas já estão decididas à primeira jornada.

Proponho por isso que os dirigentes e profissionais do Benfica elejam como objectivo para a próxima época o ir o mais longe possível nas competições europeias. Ganhar a Liga dos Campeões não é muito realista mas fazer boas campanhas não o é. E essas campanhas valem milhões, que poderemos usar para manter boas equipas (não precisaríamos de muitos jogadores porque nos concentraríamos sobretudo numa competição com poucos jogos), praticar um bom futebol para oferecer espetáculos aos seus adeptos e ter uma situação financeira estável. Por outro lado, a Liga Europa já não é assim tão inacessível ao Benfica e uma vitória nessa competição garantiria também grandes receitas.

Perguntar-se-á o leitor: este texto é irónico ou é para ser levado a sério?

Honestamente não sei até que ponto esta ideia pode ser levada a sério. Mas sei uma coisa: nestas condições é impossível ganharmos. Só mesmo na playstation. E estarmos ano após ano a criar ilusões, indignarmo-nos com as vergonhosas arbitragens e os ridículos e injustos critérios do Conselho de Disciplina e a ficar constantemente frustrados com a indecência do futebol português é algo que só nos desgasta e entristece sem conduzir a resultado algum.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Faz hoje um ano

Há exactamente um ano atrás, dia 26 de Novembro de 2011, os adeptos do Sporting provocaram um incêndio de grandes proporções no Estádio da Luz, tendo posteriormente agredido os bombeiros que o tentavam extinguir.

Faz hoje um ano.

Depois disso, Vieira foi castigado, Aimar foi castigado, Jorge Jesus foi castigado. Pereira Cristovão depositou um cheque na conta de um árbitro, demitiu-se, des-demitiu-se, voltou-se a demitir e o seu processo foi arquivado pelo Conselho de Disciplina.

Faz hoje um ano que tentaram deitar fogo ao Estádio da Luz. Até hoje nada aconteceu.

O Conselho de Disciplina ainda não agiu e os tribunais também não.

Todos os outros se podem ter esquecido desta triste data. Nós aqui não.

O outro grande líder

Diz-se que no Porto há um que manda e os outros obedecem. O grande e incontestado líder Pinto da Costa é sem dúvida um homem que sabe mandar, quer no lado legítimo das suas funções, quer manobrando nos bastidores os poderes obscuros do futebol.
Não é porém verdade que seja um líder único no Porto.
Há um outro que é seguido por parte dos adeptos, de forma quase incontestada e que actua por vezes sem qualquer controle, nem mesmo de Pinto da Costa.
Falo de alguém que se auto-intula também "o líder" e que dá também pelo nome de "macaco da Ribeira". Ontem esteve envolvido em confrontos e foi parar ao hospital. Mas foi apenas mais um episódio de uma longa história, que teve um dos seus primeiros episódios em Faro em 1994.
O facto de ao longo destes quase 20 anos, o "macaco" ter passado com quase total impunidade por inúmeras situações como as que se descrevem adiante, muito embora ateste como poucos outros casos a inoperância da nossa justiça, não é o mais espantoso da história. O mais espantoso é sem dúvida o facto deste "líder" se ter permitido escrever um livro em que descreve, vangloriando-se, os múltiplos crimes e violências cometidos por ele e a sua claque, perante a indiferença generalizada do País.

Nem vale a pena adjectivar toda esta situação que já entra na esfera do inacreditável. Limitar-me-ei a deixar, nalguns posts sobre o assunto, palavras do próprio macaco, desde já advertindo para a linguagem imprópria ali contida. A justiça da República pode ignorar tudo isto, mas a Justiça Benfiquista não esquece.

Início de citação:

"Os 36 e a bela Russa"

" Na época em que "os dragões partiam tudo", as deslocações aos campos adversários, raramente, acabavam sem confusão. Os Super Dragões estavam a começar a adquirir a força e as outras claques também não queriam ficar atrás.
Era o auge das picardias e das esperas, principalmente, com a claque do Benfica "No Name Boys".
O Farense - Porto, da época 1994/95, foi uma sexta-feira, a noite; por isso, saimos do Porto na quinta-feira, de madrugada: - uma viagem que ficou conhecido pelos "36 e a Bela Russa", ja que éramos trinta e seis homens e somente uma mulher.
Reservámos um autocarro ao senhor Albino, da Renex, dos Clérigos, mas, na hora de saida, o dinheiro não chegava para pagar o aluguer, que era cerca de cento e cinquenta contos. Se fôssemos cinquenta, a viagem ficava por cerca de três contos a cada um, mas como só tinhamos conseguido reunir trinta e sete elementos, o preço ficou muito superior. Para além disso, muitos nem seuqer tinha dinheiro e as finanças da claque, naquela altura , não tinham qualquer comparação com as de hoje. Foi um momento complicado, porque só tinhamos noventa contos e a camioneta não arrancava, enquanto não tivessemos o resto do dinheiro. Ao ver o nosso desespero, e como já eramos clientes habituais, o senhor Albino baixou o preço para cento e trinta contos. Mesmo assim ainda faltavam quarenta contos. Era preciso encontrar ums solução.
por volta da meia noite, lembrei-me de ir ter com um amigo, o Vitor do ouro, que morava na rua Escura.
-"Ó Vitor, podias dar-nos um patrociniozinho...íamos,agora, para Faro para apoiar o Porto e não temos dinheiro que chegue para o aluguer do autocarro.
Se não arranjarmos quarenta contos, ficámos em terra."
Mal acabei de falar, o Vitor olhou para mim, meteu a mão no bolso, e sacou o dinheiro. graças a ele, o autocarro partiu rumo a Faro.Adormeci.
por volta das 05h da manha, acordei estremunhado, sem perceber o que estava a acontecer. Tinhamos parado numa bomba de gasolina, no Alemtejo...Quando olho para fora do autocarro, só vejo entrar carregados de caixas de gelados. Tinham dado a rapadela geral a uma barraca de gelados. A camioneta arrancou, de imediato, e só parou em Faro, ás 09h da manhã.
Ficámos junto a ria e aproveitámos para apanhar uns banhos de sol...perto da hora do almoço, como estava tudo micho, andámos a ver o que é que podiamos arranjar para comer. Juntámos algumas coisas que alguns "desviaram" das prateleiras e fizemos um piquenique.
Da parte da tarde, fomos todos ao banho. Parecia que estavamos na Ribeira. Estava tudo calmo, quando passaram entretanto três gajos de caschecol dos No Name Boys. Foi tudo em cima deles!...Começaram a bater-lhes e até queriam manda-los ao rio...não consenti, porque era demais.

A tactica do extintor

Por volta das 17h30, disse ao motorista que íamos a pé para o estádio, porque fomos alertados para o facto dos No Name Boys, de Faro, poderem estar junto da claque do Farense, South Side Boys, à nossa espera. Era bulha pela certa!.
Lá fomos com as mochilas ás costas e ainda demorámos cerca de quarenta minutos. Ao lado do Estádio de São Luís, havia um parque com árvores, onde decorria uma feira, do género da de custóias, ou de Espinho. Era terreno propíco a uma emboscada e por isso, o grupo pegou em paus e pedras, de forma a estarmos prevenidos para qualquer eventualidade. Na altura, não tínhamos tochas, mas o sugla tinha roubado um extintor numa bomba de gasolina.
Chegámos ao estádio ás 18h30. Ainda faltavam duas para horas para o jogo. Damos, de caras, com quarenta gajos dos No Name Boys e dos South side Boys. Eles olham para nós, meios expectantes, porque não estavam a contar connosco ali e...gerou-se um impasse. A única hipótese de nos safarmos era atacar primeiro. Virei-me para o suga, mandei-o ir a frente com extintor, enquanto nós o seguiamos aramdos com perdas, paus e mais tarde os ferros dos guarda-sóis.
O suga abriu o extintor e ficou tudo branco. Aproveitámos e começamos a atacar. Eles contra-atacaram com tochas, acertando nos feirantes. Começou tudo a arder e nós todos á porrada, com as pessoas da feira a gritarem e a fugirem; de facto, não se via nada com o fumo. Foi uma tourada...até que chegou a polícia, que nos separou, isolando-nos com um cordão. Os tonos tinham fugido, mas, quando nos viram isolados, voltaram a juntar-se e armados em otários, preparando-se para nos atacar. nem pensámos duas vezes. Furámos o cordão da polícia e fomos para cima deles. A polícia só nos voltou a separar á bastonada, voltando-nos a isolar.
-"Como é que vocês vieram aqui parar. Vêm para o jogo e não nos dizem nada?"
-perguntou-me o comandante da polícia, surpreendido com aquela confusão e a querer saber onde é que ámos comprar os bilhetes.
-" Nós não temos bilhetes. E se quer um conselho, da forma como isto está, acho melhor que nos ponha lá dentro, sem bilhetes...e conforme eles estão vão andar aqui, vão andar aqui o resto da tarde e durante o jogo, a fazer asneiras, de outra forma não vão ter sossego."
Ele pôs-se a olhar para mim e disse-me para esperar uns minutos. Foi, entretanto, falar com outro elemento e veio com uma solução:
-"Esta resolvido.Vocês vão entrar de graça, mas é só desta vez...para não fazerem asneiras."
Lá fomos para dentro do estádio, de borla, duas horas antes do jogo. Ninguém tinha dinheiro e, por isso, acabámos por ficar a ganhar. Durante o jogo, ao lado da claque da claque dos Sout Side Boys estava uma faixa da Ala Dura dos "No Name Boys". Já não restavam dúvidas que eles estavam juntos.
Nem as duas claques juntas tiveram vida para nós. à saida, já com uma vitória por três Zero no "saco", os nossos "amigos" estavam de novo à nossa espera. Não lhes bastou terem levado no focinho, no início, e queriam mais!...Porém, a polícia não nos deixou sair, enquanto eles não dispersassem. Ficámos, cerca de uma hora e meia, dentro do estádio.
Entretanto, a camioneta chegou e entrámos, de imediato, à porta do estádio. Ao fundo, vejo cerca de 10/15 gajos preparados para foder a camioneta. pedi ao motorista para deixar a porta aberta por uns minutos, porque faltava um colega nosso. A polícia foi aos carros para nos escoltar até à saida de Faro, e aproveitando a distracção doa agentes, sáimos a correr em direcção a eles.
Quando nos viram, desapareceram como ratos. Foi a única forma de regressarmos ao Porto com a camioneta, sem um único risco. De outra Forma, podem ter a certeza que tinha sido apedrejada. "

Braga-Porto - uma sorte de Xistra

Falei do post anterior deste jogo entre o azarado Braga de Peseiro e o clube de futebol de Pinto da Costa, que tem uma enorme sorte, sobretudo com as arbitragens. É um fenómeno curioso: na área do Porto os árbitros nunca vêm nada (estão tapados, estão distraídos, estão bloqueados), mas na área do Benfica vêm tudo: o que acontece e o que não acontece.

Por exemplo, em Coimbra Xistra viu dois penalties contra o Benfica quando nenhum existiu; ontem o mesmo Xistra não viu um contra o Porto que aconteceu.

Na 1ª jornada desta época, na Luz contra o Braga, o árbitro (um Soares Dias) viu falta num lance que daria o golo da vitória ao Benfica. Mas as imagens demonstram que  Cardozo não tocou no guarda-redes Beto. Curiosamente esse mesmo árbitro não viu no ano passado um penalty escandaloso de Polga sobre Gaitan. Mas ainda o mesmo árbitro no mesmo jogo de Alvalade conseguiu ver um penalty num lance em que Luisão toca ao de leve no pescoço de Wolfsvinkel. Luisão que viria a ser expulso, ao passo que o árbitro não viu razão para João Pereira o ser, apesar deste ter por mais do que uma vez agredido, pisado e insultado jogadores do Benfica.

São tudo coincidências.

O ano passado o Benfica empatou em Braga num lance em que Emerson, de costas e com os braços colados ao corpo, intercepta com o cotovelo um cruzamento numa jogada perfeitamente normal sem qualquer perigo. Proença viu ali penalty. Mas Xistra ontem não viu razão para penalty numa jogada perigosíssima do Braga em que um remate de Alan é deliberadamente interceptado por um braço levantado de Alex Sandro.

Há dois anos Xistra expulsou Javi Garcia numa disputa de bola em que este e Alan se envolvem. Xistra viu a alegada "chapada" de Javi no peito do adversário (que podia ou não merecer cartão amarelo ou vermelho, dependendo da interpretação) mas não viu a acção de Alan. Como ontem voltou a não ver as acções de Fernando passíveis de segundo amarelo.

Ainda no jogo do Benfica em Braga no ano passado, o do "penalty" de Emerson, Proença (o tal "rigoroso" árbitro, que expulsou o mesmo Emerson na Luz contra o Porto por duas faltas absolutamente triviais) viu na agressão de Djamal a Gaitan com uma cotovelada na cara razão para apenas cartão amarelo.

O mesmo Proença viu numa jogada normal do golo do Braga em Alvalade na jornada passada uma falta ofensiva. Como viu um penalty fantasma nas Antas sobre Lisandro Lopes ou um penalty inexistente de Moreira sobre Deivid do Sporting em anos passados. Mas coitado não viu, porque estava tapado ou distraído, penalties flagrantes os lances sobre Mantorras, Simão e Geovanni noutras épocas. É só seguir o link para ver o vídeo. Desde já advirto que as consciências mais honestas poderão sentir-se incomodadas.

Olegário é outro que e deixa de ver conforme as áreas e o mesmo se pode dizer de muitos outros, nomeadamente naqueles que vêm, por exemplo, num penalty sobre Aimar em Coimbra no ano passado, uma falta do nosso jogador. Coitados, eles são humanos.


Sim, foi Olegário. Sim, foi contra o Benfica. Sim, foi...perdão, não, não foi golo. Imagem do site "foi penalty".

Daí os jogadores do Porto, nomeadamente aqueles aos quais é permitido marcar golos em posições de fora-de-jogo de metro e meio dizerem: "Para nós está tudo bem com a arbitragem". Pudera.

Para terminar, uma nota sobre o jornalismo desportivo que se continua fazendo em Portugal. Cada um que tire as suas conclusões.

Dei-me ao trabalho de ir ver o que diziam os sites dos desportivos no seus "relatos" online sobre o lance em que Sandro corta com a mão a bola de Alan. Partilho-o convosco com os meus comentários.

"A Bola" online:

"Grande corte de Alex Sandro a negar o golo ao extremo do SC Braga. É a primeira jogada de perigo do ataque da equipa da casa. Alan ficou a pedir mão na bola do lateral esquerdo dos dragões."

Destaco como uma intercepção com a mão é classificada como "grande corte".


"Record" online:
"lance polémico na grande área portista. Alan rematou em boa posição, após desmarcação de Ruben Micael, e a bola é intercetada pelo braço de Alex Sandro. O árbitro nada assinalou."

A descrição é factual, pelo que não há nada a dizer.

"O Jogo":
"Que perigo na área do FC Porto! Alan a receber ao segundo poste e a rematar contra Alex Sandro, canto para o Braga!"
Não há qualquer menção ao uso da mão. Esta é a realidade paralela em que vivem os adeptos do Porto.
Para terminar, na Antena 1 ouvi ao intervalo a referência clara pelo locutor nos estúdios a "um penalty por assinalar" como um dos factos marcantes da primeira parte. Até aí tudo certo. Mas o que dizer de Manuel Queiroz, um DECLARADO portista, completamente incapaz de ser imparcial, ser sempre o comentador dos jogos do clube do Porto? Segundo li noutro blog, Queiroz terá ontem chegado a chamar "estúpido" ao árbitro por alegadamente prejudicar o seu clube. Isto num jogo em deveriam ter tido um penalty contra e uma expulsão! O grau de fanatismo, de doença desta gente é tal ponto que se realmente fossem prejudicados eu nem imagino do que seriam capazes.
Queiroz chegou em tempos a dizer na TVI que uma agressão de James Rodrigues que na altura mereceu o vermelho não era razão para expulsão, porque um vermelho só podia ser dado por "algo muito grave".
Quantas vezes teria Gobern sido demitido se dissesse só metade destas enormidades?

Encomendem as faixas

Se é para isto, podem encomendar as faixas para a outra equipa.

As palavras não são minhas, são do treinador do Porto e foram proferidas há pouco menos de um ano, quando começou a ser óbvio que o andamento do Benfica era demasiado forte para a equipa que ele comandava (para raiva dos seus próprios adeptos, que o achavam incompetente e até lhe tentaram bater).

As palavras encontraram porém eco nos destinatários - os árbitros - e estes trataram de falsificar de forma grotesca o campeonato da época passada. Valeu tudo: de golos em fora-de-jogo de mais de um metro a expulsões encomendadas e penalties fabricados ou, em sentido inverso, faltas flagrantes dentro da área não assinaladas.

Se assim aconteceu o ano passado e se aquela que era, de longe, a melhor equipa foi espoliada de forma tão evidente, vindo a perder o campeonato para uma equipa que se alimentou de penalties de bonecos debanda desenhada, digo eu então agora: encomendem as faixas.

Enjoa a um ponto de repulsa, o que se passa no futebol português. Se em jogos em que o Benfica ganha por 5-0 (Setúbal) ou por 2-0 com dezenas de oportunidades (Olhanense), a primeira pergunta aos treinadores adversários é sempre sobre a arbitragem (num porque houve uma expulsão, noutro um penalty), porque será que ontem, em que devia ter havido um penalty e uma expulsão contra o Porto, não foram o treinador e o Presidente do Braga questionados sobre o tema?

A resposta é idêntica à da pergunta sobre porque não marcou Xistra (o tal Xistra) o penalty evidente ou não expulsou Fernando. A resposta escreve-se numa palavra: sistema.

O Benfica empatou na época passada em Braga depois de ser assinalado a Emerson um penalty para rir, em que em cruzamento inóquo de Alan  embate no braço do então nosso jogador (a dois metros), que até estava de costas com os braços colados ao corpo. Ontem Alex Sandro levanta os dois braços, interceta um remate em direção à baliza com um deles e nada se passa. Fernado fez o possível e impossível para ser expulso, mas o ano passado na Luz curiosamente o mesmo Emerson foi expulso por duas faltas banais e Cardozo até foi expulso duas vees, uma delas por bater na relva. Já para não falar de Aimar e dos dois jogos de suspensão.

Esta gente pode ser séria? Esta gente pode ser digna?

Não, claro que não. Esta gente é corrupta, é subserviente e não tem uma ponta de dignidade que seja.

Isto é tão claro como a água.

O Porto será novamente campeão e mais uma vez nada mudará.

Sejamos sérios e justos: o Porto tem bons jogadores e é uma equipa difícil de vencer. Tem muito bons jogadores, como Rodrigues e Martinez. É um facto que estes jogadores estão um nível acima dos outros. Que o Porto é uma equipa difícil de bater é algo que um observador com um mínimo de objectividade constata: dá poucos espaços e apesar de ter centrais relativamente banais, defende muito bem. Ocupa bem os espaços e cria espaços nas outras defesas, mesmo as que se fecham.

Ora se uma equipa forte e difícil de bater tem a ajuda dos árbitros nos momentos em que as outras equipas lhe podem inflingir danos, torna-se realmente quase impossível de bater.

Com o Benfica acontece o oposto. É uma equipa extremamente competente mas quando os árbitros têm a mínima oportunidade de a prejudicar, actuam.

Nos jogos em que joga menos bem tem pois uma alta probabilidade de perder pontos. O Porto é quase impossível perder pontos. Nos jogos em que manifestamente não consegue vem uma expulsão ou um penalty e a coisa está resolvida.

Este é o lodo do futebol português.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Peseiro na porta de saída?

Diz muita imprensa que depois da derrota em Alvalade e das declarações completamente desajustadas proferidas após esse jogo, da prestação desoladora na Liga dos Campeões que resultou na eliminação das competições europeias, Peseiro tem a sua continuidade no Braga em jogo nos próximos confrontos com o Porto. Não é claro que resultados seriam aceitáveis para António Salvador nessas duas recepções ao Porto, mas é quase seguro que duas derrotas ditariam o afastamento de Peseiro.

Confesso que tenho alguma simpatia por este treinador, apesar dele se afirmar sportinguista. Tenta jogar um futebol pela positiva e para a frente. Mas isso também tentava Luis Campos...

Penso que Peseiro tem dois problemas: o primeiro é não assegurar uma suficiente consistência das suas equipas (quer atacar muito mas desguarnece defensivamente as equipas), o segundo é não conseguir (pelo menos até ao momento) estar à altura dos momentos de decisão. Não é falta de sorte, tem sido falta de capacidade.

Toda a pressão está portanto do seu lado. Desta vez Peseiro não tem crédito a que apelar, como tinha por exemplo no Sporting quando perdeu duas "finais", uma das quais o célebre jogo que praticamente nos garantiu o título em 2005, em duas semanas. Pelo menos aí Peseiro pode refugiar-se num bom trabalho, num bom futebol e numa campanha europeia ainda assim positiva (como terá que ser sempre considerada uma ida a uma final). Mas ficou um amargo demasiadamente grande para os sportinguistas, que ali viram perder-se uma oportunidade única de fazer história.

Peseiro deslumbrou-se no Braga, depois de algumas boas exibições (em mesmo aqui elogiei a prestação que qualificou a equipa para a Champions) e alguns jogos com muito futebol atacante e muitos golos. Pensou que estava a treinar o Benfica ou o Porto - e não está.

A grande força do Braga nos últimos anos foi a sua solidez como equipa, construída a partir de trás, com muita segurança defensiva e muita eficácia ofensiva. Foi isso que Jesualdo mas sobretudo Jesus e Domingos conseguiram dar à equipa. Jesus era mais ofensivo (embora no Belenenses fosse exactamente o contrário), ao passo que Domingos soube aproveitar essas dinâmicas ofensivas mas trabalhou sobretudo o aspecto defensivo. Leonardo Jardim deu continuidade a esse equilíbrio, ficando ainda assim aquém dos resultados de Domingos, precisamente por ter balanceado a equipa mais para o ataque do que ela estava habituada.

Com Peseiro, o equilíbrio, que apesar de tudo restava, foi rompido depois de algumas vitórias na Champions (na fase de qualificação e sobre o Galatasaray) que levaram o treinador a acreditar que tinha uma super-equipa. A partir daí sucederam-se maus resultados.

Depois de uma peregrinação no deserto, pela Arábia Saudita, Peseiro teve no Braga uma segunda oportunidade de treinar ao mais alto nível no futebol português. A sua carreira depende agora de dois jogos com o Porto.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Regresso às competições nacionais - manter o rumo

Mais do que estar a atravessar um bom momento, importa ao Benfica continuar a consolidar um caminho que todos queremos que culmine numa época recheada de títulos. No futebol, primeiríssima modalidade em termos de importância do Benfica, os objectivos são claros: vencer o Campeonato, vencer a Taça, vencer se possível a Taça da Liga (se possível, porque tem que se fazer uma gestão criteriosa em função das outras prioridades, que são mais importantes) e ir o mais longe possível na Europa. Caso passemos na fase de Grupos da Liga dos Campeões, o objectivo passa a ser os quartos de final e depois se verá. Caso seja a Liga Europa, o objectivo deve ser, no mínimo, os quartos ou meias finais.
Mas, reitero, para alcançar qualquer desses objectivos teremos que nos mantermos num rumo de grande rigor, grande seriedade, muito trabalho e muito sacrifício.
Digo isto, por duas razões: em primeiro lugar no sentido de não nos deixarmos inebriar ou deslumbrar pelas boas exibições e vitórias. Não se conquista nada em Novembro, nem em Dezembro, nem sequer em Janeiro ou Fevereiro. Os objectivos conquistam-se em Maio e Junho. Não nos interessam séries de vitórias nem de exibições: o objectivo são títulos colectivos e sobretudo o Campeonato e a Taça de Portugal. Em segundo lugar, porque temos que estar preparados para a "minagem" do terreno - não nos podemos deixar desestabilizar, distrair ou desfocar pelas várias manobras que o sistema operará para nos fazer cair.

Em Portugal abundam os Proenças, os Olegários e outros que tais. Há uma torre de comando que controla através de vários piões (árbitros e outros) todo um submundo de influências, compadrios, prostituição, violência, intimidação e até mortes. Esse submundo opera para branquear com vitórias o que todos sabem estar moralmente corrompido.

Ao Benfica resta apenas manter-se sempre no lado limpo, no lado claro do futebol e fazer o seu papel em campo, não deixando de actuar sempre que aqueles interesses obscuros sejam obrigados a sair da sombra para nos tentar parar.

Esta semana regressa o campeonato com jogos importantes. O Benfica recebe o Olhanense e não pode de modo nenhum facilitar. Sérgio Conceição tem vindo a queixar-se insistentemente das arbitragens (não sei se com, se sem razão) o que pode indiciar algum caldinho a caminho. Para nos pormos a salvo quer de surpresas desagradáveis quer de acusações de benefícios (que, já sabemos, depois pagamos com juros bem altos em jogos subsequentes) importa vencer com toda a clareza. Esperemos que Cardozo e Lima estejam com a pontaria afinada e que toda a equipa encare este jogo com toda a seriedade e competência. O apoio dos adeptos é também muito importante nesta fase.

Nesta jornada o Braga recebe também o Porto mas não devemos esperar que lhe retire pontos. A quebra anímica do Braga é muito pronunciada. Peseiro é um bom treinador mas deslumbra-se, quer dar passos maiores do que a perna e muitas vezes acaba estatelado. Essa sua fraqueza foi bem aproveitada por Pedro Proença (e por Godinho Lopes, há que o dizer) para dar a estocada que, há cerca de duas semanas em Alvalade, desmoralizou o Braga. A equipa que receberá o Porto no Domingo não é metade da que era há duas semanas.

Ainda assim, como o Benfica joga primeiro (sábado às 20.30h) podemos colocar pressão adicional sobre os nossos rivais. Para isso importa ganhar.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Declarações dos escoceses: nervosos com ambiente da Luz

Como eu ontem aqui apelava, o Estádio da Luz teve, apesar da intensa chuva e da crise não terem permitido uma enchente, um bom ambiente que criou muitas dificuldades à equipa visitante e permitiu à nossa sentir a confiança necessária para contornar as injustas dificuldades por que passámos (o Celtic marcou na primeira vez que foi à nossa baliza).

Não foi uma daquelas noites, em que o ambiente é verdadeiramente infernal e o apoio das bancadas avassalador. Mas foi bom, do melhor que temos visto esta época e foi o suficiente para vencer.

O factor Luz foi reconhecido pelos célticos, através do treinador e dos jogadores.

Neil Lennon, o treinador, disse o seguinte:

"faltou compostura e houve nervosismo quando tínhamos a bola. É uma equipa jovem e este é um lugar difícil para visitar e jogar futebol. Perdemos a bola em zonas más e com facilidade e é inevitável que desses erros resulte pressão".

Já o grego Samaras, autor do golo do Celtic, também admitiu: "estivemos nervosos durante todo o jogo. Não creio que tenhamos mantido a mente clara".

Outros destaques da noite europeia

O maior destaque pela negativa vai para o inacreditável golo do Shaktar: uma autêntica vergonha. É lamentável que se possa assistir a algo deste género no futebol europeu de topo. Sobretudo o jogador mas o próprio treinador (Lucescu, com longa história e prestígio no futebol) e o clube ficam marcados por este lance. Seguidamente podiam ter deixado o adversário marcar sem oposição e repor a verdade do jogo mas não o fizeram.

O Braga, que tanto elogiei pela qualificação para a fase de grupos, foi uma completa desilusão, sobretudo ontem. Se as derrotas com o Manchester já tinham deixado um travo amargo entre os bracarenses, sobretudo por a equipa ter estado em ambos em vantagem, a derrota de ontem deve levar Peseiro a repensar o seu modelo, que parece altamente desequilibrado - muita vontade de atacar mas pouco critério e nenhuma segurança defensiva. Assim não vão longe.

O petardo. Apesar dos apelos do speaker, apesar de pairar sobre o Benfica ameaças de interdição do Estádio, apesar do repúdio da sociedade portuguesa pelo que aconteceu há uma semana e em que os petardos voltaram a estar associados à violência, apesar do que se passou na Assembleia Geral do Benfica e na própria noite das eleições, apesar de tudo isto houve um energúmeno que voltou a rebentar um petardo. O Estádio assobiou e vi por ali alguns seguranças a tentar identificar o marginal. Espero que a própria claque se dissocie completamente deste comportamento e que seja a primeira a facilitar a identificação do dito e a vigiar os seus elementos no sentido desta ter sido mesmo a última vez que ouvimos petardos.

A demissão de di Matteo. Pelos vistos Abramovich não aprende. Pelos vistos ganhar uma Champions não dá crédito suficiente para atravessar uma fase menos positiva. O Presidente do Chelsea deve pensar que tem Messi, Ronaldo e Ibrahimovic no seu plantel.

Quanto a destaques pela positiva, para além da vitória do Benfica, que tinha impreterivelmente de fazer 6 pontos nos dois últimos jogos e não acusou a pressão, assinalando exibições de classe, registe-se a presença ordeira dos adeptos escoceses em Lisboa, o acerto de Rui Pedro (hat trick) e de Paulo Sérgio (treinador) na vitória do Cluj sobre o Braga e o "extra-terrestre" Messi que continua a marcar golos atrás de golos.

Valeu a pena ir à Luz

Como ontem aqui antecipei, valeu realmente a pena ir ao Estádio. Ver um jogo ao vivo é incomparável a ver na televisão. A começar pelo facto de no Estádio podermos berrar à vontade sem problemas, sem incomodar família e vizinhos. Toda a emoção que se sente no Estádio, não é replicável em casa. E a própria percepção e visão do jogo e a sua dinâmica é muito melhor no Estádio.
Ontem valeu a pena ainda porque o Benfica jogou muito bem e o ambiente foi também especial.

O Benfica entrou bem, não dando veleidades ao Celtic, que postou, como seria de esperar, num jogo musculado e numa estratégia de contenção. Mas as suas fragilidades técnicas também ficaram expostas pelo talento dos nossos jogadores e a velocidade e critério com que circulávamos a bola.
Marcámos cedo e os jogadores do Benfica terão pensado que o jogo estava resolvido. Começaram então a abrandar o ritmo e a permitir, ainda que muito tímidas, algumas iniciativas do Celtic. E quando surgiu o primeiro canto para a equipa escocesa, muitos terão dito o mesmo que eu: "é nisto que eles são perigosos".
E surgiu mesmo o golo. Há uma obstrução a Artur mas este deveria ainda assim ter saltado mais e evidenciar essa acção ilegal do atacante do Celtic. Ao não o fazer tornou possível que o árbitro deixasse passar incólume aquela acção. Foi o 1-1 e um jogo que poderia ter resultado numa vitória algo tranquila complicou-se bastante.

Já tenho dito que o Benfica não sabe jogar para empatar jogo, para fazer correr o tempo, quando está em vantagem. Não quero dizer que não possamos defender - até o fizemos bem. O que quero dizer é que quando temos a bola praticamente só sabemos atacar. Quando começamos a querer jogar para os lados e para trás normalmente complicamos a vida a nós próprios.

Até ao fim da primeira parte o Benfica teve mais algumas oportunidades mas não conseguiu concretizar. Sálvio esteve muito activo, tal como Ola John. André Almeida esteve irrepreensível e apoiou o ataque, ao passo que Melgarejo se "resguardou" mais. No meio campo Enzo e Matic comandavam as operações com autoridade e na defesa, para além do golo (mal) sofrido a equipa portou-se como se esperava ganhando quase todos os lances.

Na segunda parte não entrámos bem nos primeiros lances mas rapidamente recuperámos o domínio total do jogo e começámos a criar ocasiões. O golo surgiu com alguma naturalidade (embora à medida que os minutos passassem se notasse alguma ansiedade crescente, como é compreensível) numa concretização "à ponta de lança" de Garay.
Depois tivemos várias oportunidades para "acabar" com o jogo mas o guarda-redes do Celtic esteve a altíssimo nível e evitou que tal acontecesse, tornando possível um ou dois calafrios por que tivemos que passar nos últimos minutos, quando o Celtic aproveitou toda e qualquer jogada para lançar a bola directamente dos defesas para a entrada da nossa área.
No cômputo geral a vitória do Benfica - que era imprescindível pelo que a pressão era elevada, o que a torna mais meritória - é totalmente justa e não merece contestação. A equipa soube suportar a referida pressão e fazer o seu jogo. Numa noite chuvosa, que favorecia o estilo de jogo do Celtic, o Benfica mostrou maturidade e qualidade e foi a melhor equipa.

Destaques:

Melhor em campo:

Garay - 17 valores. Excelente a defender teve ainda forças e qualidade para selar a vitória com um grande golo, não deixando a bola cair no chão após assistência de cabeça de Luisão.


Outros destaques:

Houve muitos: André Almeida, Matic, Ola John e Sálvio. O próprio Lima foi extramamente esforçado e fez duas grandes jogadas, uma das quais só não deu golo porque a bola foi salva em cima da linha por um defesa céltico.

Mas para escolher dois, como tenho feito nas crónicas dos jogos, sublinho as exibições dos alas porque foram os principais dinamizadores do jogo atacante da nossa equipa e foram solidários na hora de ajudar os companheiros da defesa. Para Justiça Benfiquista, Ola John merece 16 valores e Sálvio 15. John marcou e fez a cabeça em água à defesa do Celtic e Sálvio (considerado por alguns o melhor em campo, algo de que discordo como é patente) enviou uma bola à trave, esteve na jogada do primeiro golo e surgiu ainda muitas vezes ao centro. Só peca por algum excesso de individualismo e adorno dos lances em várias jogadas.

Quanto a Cardozo, facilmente constaria desta lista se tivesse pela frente outro guarda redes que não Forster. Dois enormes pontapés, um de livre, outro na sequência de jogada monumental, não deram golos de bandeira porque o guarda redes de mais de 2 metros foi mesmo gigante. Cardozo esteve no primeiro golo e falhou mal (remate ao lado) uma oportunidade na primeira parte.

Uma última palavra para Luisão. Que grande capitão, que grande jogador. É bom tê-lo de volta, não deixando de enaltercer Jardel pela forma como não deixou que a ausência se notasse muito.

O treinador

Mais uma vez JJ merece nota alta - 16 valores. A ausência de Maxi não se notou e o Benfica dominou completamente o seu adversário. Tentou lançar Gaitan, numa posição de joker, com liberdade e espaço para dar o cheque mate ao Celtic mas este perdeu bolas infantis e ia criando o pânico na nossa defesa. Essa terá sido a única má decisão (embora Jesus não tenha culpa destas falhas de Gaitan, percebendo-se a intenção, que era boa). Mas a aposta em Ola John, quando se chegou a pensar que poderia insistir em Bruno César (primeira vez que não jogou na Champions) merece também elogios.

O árbitro

Será sina nossa? Será culpa do "bruxo de Fafe"? O que se passa para até na Europa termos arbitragens deste calibre? Surpreende-me o que vem hoja na imprensa, elogiando o árbitro pelo "controle do jogo". Não viram o mesmo jogo que eu. Naquele que eu vi, o árbitro deixou passar em claro uma agressão flagrante a Enzo Peres (parece uma vítima predilecta dos adversários nesta Champions), depois manda o jogador levantar por alegada "fita", depois vê que afinal não é assim e manda-o sair por ter sangue e não contente faz ainda uma rábula inacreditável ao não o querer deixar voltar ao jogo, perante o assobio monumental das bancadas. Além disto há uma situação de grande perigo em que o árbitro marca falta quando Cardozo se isolava. Ora nessa jogada há duas faltas evidentes (uma sobre Sálvio, outra sobre Cardozo) mas o árbitro marca falta... contra o Benfica. Deixou passar, sem a devida sanção disciplinar, muitas faltas dos centro campistas do Celtic e depois foi extremamente rigoroso para com Melgarejo. Há ainda o lance de Artur (do golo) e um outro na área do Celtic em que já marca falta sobre Forster. Muito mal, merece nota negativa: 8 valores. Diga-se ainda que ficam muitas dúvidas num fora de jogo assinalado ao ataque do Celtic ainda na primeira parte. Aí tivemos sorte.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Hora da Luz, hora de Benfica

Com ou sem chuva, esperemos que esta seja uma grande noite de benfiquismo e que consigamos uma importante, imprescindível mesmo para a continuidade, vitória.

Admitindo que Garay, Enzo Peres e Matic estão mesmo recuperados e em condições de jogar sem limitações (se não estiverem jogarão respectivamente Jardel, Bruno César e André Almeida ou André Gomes), a única dúvida reside na ala esquerda, uma vez que Sálvio tem o lugar garantido. E aí jogará um destes três: Gaitan, Ola John ou Bruno César. Sabe-se que Bruno César tem jogado todos os jogos da Champions, pelo que é de admitir que será novamente titular. Se não no lugar de Enzo no de Ola John. Mas Gaitan também estará "à espreita"... É esperar.

E, com chuva ou sem ela, começa a ser hora de rumar à Luz. Para os atrasados, ainda há bilhetes. Acredito que vai valer a pena estar hoje na Luz!

Lisboa colorida com célticos

Estarão, creem os historiadores, os celtas entre os povos que primeiro habitaram a Península Ibérica. Daí herdou o seu nome a Galiza mas também os Lusitanos, povo de Viriato, eram de origem celta.
Mas hoje são outros os célticos. Adeptos escoceses católicos e irlandeses juntam-se no apoio a esta equipa e acompanham-na em grandes números.
Tive oportunidade de estar com eles em Sevilha, quando fiz parte de uma excursão que ali viu o Porto vencer a Liga Europa. Os célticos eram em número muitíssimo superior aos portistas e vi, com tristeza e vergonha, muitos portugueses fazerem uma infeliz figura ao venderem os seus bilhetes. Mas muitos adeptos do clube de Glasgow já sabiam que muito provavelmente não conseguiriam bilhete e ainda assim escolheram viajar com a sua equipa. São adeptos fervorosos, como JJ viu no nosso primeiro jogo da Champions, tendo mesmo elogiado a sua devoção. O ambiente no seu estádio é simplesmente arrepiante.
Hoje é Lisboa a ser colorida com as cores do Celtic e as bandeiras da Irlanda. A baixa e sobretudo o Rossio estão cobertos com as suas bandeiras e panos. São adeptos desportistas, pacíficos e bem comportados - nada têm que ver com os hooligans que tantas vezes acompanham clubes ingleses e holandeses.
Temos sempre algo a aprender com os bons exemplos mas certamente que, de uma forma diferente de estar e sentir, os adeptos benfiquistas estão também, nas boas noites, entre os melhores do mundo. Que hoje seja uma dessas noites. A continuidade na Champions ainda é possível. É preciso ganhar. A equipa precisa dos seus adeptos, de uma noite de grande união benfiquista.
Venha de lá esse jogo. Venha de lá essa vitória.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Hora de Celtic

Amanhã à hora habitual (19.45h) o Benfica recebe o Celtic em mais um jogo decisivo para a nossa continuidade na Champions.
Alguns ilustres benfiquistas consideram que não podemos ir longe na Champions e portanto mais vale concentrarmo-nos desde já nas competições internas e talvez também na Liga Europa.
É um facto que para além dos tubarões (Real Madrid, Barcelona, Manchester United) poucos clubes têm condições para vencer esta competição nos seus actuais moldes. Esta análise tem o seu quê de verdade embora as excepções surjam com assinalável regularidade. O ano passado foi o Chelsea, que nos eliminou in extremis, a vencer competição, batendo na final o Bayern.
Não digo que o Benfica tenha hipóteses de vencer a Champions no imediato  - mesmo Bayern e Chelsea, bem como Juventus e um ou outro mais, estão um degrau acima do Benfica - mas não é de todo impossível voltar a estar nuns quartos de final. Tal seria altamente bem vindo não apenas em termos desportivos mas também financeiros. Por outro lado, mesmo para assegurar a Liga Europa torna-se necessário vencer o Celtic amanhã.
Espero assim que possamos ter uma grande casa e um grande ambiente no jogo de amanhã, até porque o Celtic trará como habitualmente uma grande e animada falange de apoio.
Jorge Jesus terá quase todo o plantel à disposição (Aimar é a excepção), pelo que temos condições para vencer o Celtic e continuar na luta pelo apuramento. É certo que, aceitando que será difícil obter um resultado positivo em Nou Camp, ficaremos dependentes do que o Celtic faça na última jornada contra o Spartak, em jogo disputado na Escócia. No entanto isso já será um outro capítulo em que não podemos estar agora a pensar.
Neste momento importa apenas concentrarmo-nos exclusivamente no jogo com o Celtic e fazer uma partida à Benfica. Importa apenas vencer, ultrapassar o Celtic e colocarmo-nos em posição de apuramento. Depois virá o último jogo. Vencendo amanhã, tudo pode acontecer na última jornada - até o mais improvável. Não é isso mesmo a realidade? Uma constante surpresa?

Vitória apesar da arbitragem

Já sabemos que em jogos do Benfica o melhor mesmo é estarmos preparados para o pior - até (ou às vezes sobretudo) quando os árbitros são "benfiquistas".
Realmente é espantoso que uma falta dura sobre Bruno César à entrada da área, numa jogada bastante perigosa, seja transformada num... cartão amarelo para o nosso jogador. Bruno César é saco de pancada? É que já em Paços no ano passado sofreu um penalty flagrante (daqueles que é quase impossível não marcar) e também viu um amarelo! Na altura, Bruno até disse "se aquilo não é penalty, não sei o que é penalty". Os casos são tantos que enjoa enumerá-los.
Mas claro houve mais dois penalties por assinalar neste jogo.
Passando à frente, como fez e bem a nossa equipa, conseguimos ainda assim vencer. As contrariedades eram mais que muitas: para além da arbitragem, jogávamos sem Maxi, Garay, Enzo, Aimar, Carlos Martins e André Gomes. A maior parte das equipas teria grandes dificuldades em sequer apresentar um 11 competitivo. O Benfica venceu com toda a justiça, ainda que o adversário tenha dado uma boa réplica.
Mais uma vez boa resposta de Paulo Lopes, André Almeida, Jardel e Luisinho. Bruno César, que algumas vezes tenho criticado esteve também em bom plano na missão que lhe era pedida.
Mas evidentemente que o destaque tem que ir para Matic. Mais uma grande exibição, desta vez "coroada" com um golo. Matic foi enorme a dominar o maio-campo e a sua capacidade de passe começa a destacar-se. Contra o Rio Ave (em que atribui tal título a Artur) antevi que Matic seria muito em breve o melhor em campo e tal confirmou-se logo no jogo seguinte.
Nolito procura a melhor forma (que Gaitan parece estar mais próximo de alcançar) e Cardozo marcou o golo da ordem (não percebi a semi-confusão que sucedeu após tal golo). Ola John voltou a mostrar que, apesar da qualidade, é ainda muito ingénuo.

O Benfica está nos oitavos de final e o sorteio será já amanhã, dia 20 pelas 12.00h.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Muitas mudanças para a Taça

O Benfica dá hoje (21.00h) em Moreira de Cónegos mais um passo do percurso que todos esperamos que culmine na Tribuna do Jamor para receber a Taça das mãos do Presidente.
É um jogo que tem, nesse percurso, o mesmo valor e a mesma importância que qualquer outro. E que tem, como tal, que ser encarado com a mesma seriedade e profissionalismo.
Isso mesmo disse já JJ, recordando como o Benfica vai enfrentar um adversário que eliminou o Sporting.

De qualquer forma sublinhe-se que existirão muitas, mesmo muitas alterações ao 11 que jogou com o Rio Ave. Garay, Maxi e Perez não foram convocados por estarem com lesões. Melgarejo e Sálvio também não por terem feito longas viagens.

Paulo Lopes será titular e Luisão também, no seu aguardado regresso. Cancelo e Kardec foram convocados e diz a imprensa que nas alas poderão jogar Nolito (boa notícia que me deixa satisfeito) e também Gaitan (que precisa de ritmo e recuperar a forma). À frente, Rodrigo deverá voltar à titularidade.
As constantes serão assim apenas Jardel e (talvez) André Almeida na defesa, Matic no meio-campo (com Bruno César? André Gomes?) e Lima ou Cardozo na frente.

Muitas mudanças portanto mas todos os jogadores dão garantias de muita qualidade, em especial, entre os "regressados", Nolito e Luisão.

Sol confirma - o vídeo com tudo o que aconteceu

Dissemos aqui ontem que tínhamos obtido informações relativas à participação das claques na selvageria que assolou as portas da Assembleia da República (orgão mais representativo do sistema democrático) na passada quarta-feira.
Pois o "Sol" de hoje faz "manchete" com essa mesma notícia.
No site do jornal aparece ainda o vídeo mais completo de toda a violência com muitas imagens inéditas que detalham tudo o que se passou e que nós aqui incluimos.



A favor ou contra o Governo, a troika, a austeridade e a crise, não podemos deixar que se faça isto ao nosso País.
É a mesma violência absurda e gratuita que já vi demasiadas vezes no futebol. É a mesma raiva e ódio a que infelizmente já presenciei. Na raiz está a mesma irracionalidade e violência que preside ao insulto fácil, ao lançamento de petardos, à intimidação, à coação. Não deixem de ver e meditar.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Claques por trás dos distúrbios de ontem?

Soubemos que pessoas que estiveram ontem em São Bento suspeitam que alguns dos elementos mais violentos e marginais claques de futebol tenham estado por detrás dos distúrbios de ontem, promovendo o vandalismo e a destruição de bens que pertencem a todos nós. (Quem vai arranjar? Quem vai limpar? Quem vai pagar os estragos?).
Não apenas os petardos mas alguns cânticos e mesmo métodos de atuação poderiam ser indicativos disso mesmo. Veremos nos próximos dias se há ou não verdade nisto.
A propósito, até quando se permitirá a entrada no Estádio da Luz de petardos? Será preciso mesmo sermos castigados pela UEFA para isto parar?

Os melhores jogadores brasileiros do Benfica

A abertura do Benfica a jogadores estrangeiros deu-se em 1979. Antes disso, só portugueses podiam integrar o plantel. Na altura foi um brasileiro, Jorge Gomes, o primeiro estrangeiro a representar o Benfica.

Foi o primeiro de muitos e grandes jogadores brasileiros a representar o Benfica.

Dos que vi jogar, lembro-me com especial saudade de Valdo, de Ricardo Gomes e, claro, de Mozer, para mim um dos melhores centrais de sempre. Lembro-me também de Elzo, um centro-campista que esteve na equipa finalista da Taça dos Campeões Europeus de Estugarda em 1988. Um trabalhador incansável, como agora se diz, que nem sempre foi bem compreendido, talvez por ser muito discreto e nada espectacular. E lembro-me de Chiquinho Carlos, um óptimo extremo.

Nos anos 90 tivemos igualmente, ainda que por pouco tempo e numa altura em que o Benfica tinha no seu plantel muitos avançados, Ailton, um atacante útil e perigoso.

Obviamente que não posso esquecer Isaías, um verdadeiro poço de força. Tinha um pontapé que metia medo, embora quando acertava mal na bola ela quase fosse parar ao terceiro anel do Estádio (o velhinho). Isaías esteve associado à jornada gloriosa de Highbury Park com dois golos fabulosos e aos 6 a 3 em Alvalade.

Mais recentemente tivemos também Roger, um jogador que fez golos fantásticos e tinha uma tremenda classe mas a quem faltou cabeça para realizar o seu verdadeiro potencial, e Edílson, o baixinho e sempre bem disposto jogador (extremo ou avançado) que esteve apenas uma época mas facturou muitos golos.

À tradição de grandes jogadores brasileiros foi dada continuidade com a contratação Luisão, um dos melhores e mais constantes centrais do Benfica de sempre. Verdadeiro capitão das horas da verdade, marcou quando começávamos a não acreditar na reconquista do Campeonato (que assim não nos fugiu) em 2005. Quatro anos depois voltou a fazer vários golos, nomeadamente contra o Braga, 2º classificado desse ano e o Benfica sagrar-se-ia campeão.

Luisão tem sido um esteio do Benfica, graças à sua presença, à sua liderança e aos golos que começou a fazer logo na primeira vez que vestiu a camisola do Benfica. Saúdo daqui o seu regresso para nos dar muitas mais alegrias.

Alguns anos depois de Luisão (que chegou ao Benfica em 2003), chegou ao Benfica um outro Luis, neste caso David Luiz. Primeiro por empréstimo e ainda com 19 anos, David Luiz chegou em Fevereiro de 2007 e assinou definitivamente em Maio. A qualidade superlativa foi notória desde o primeiro jogo. David Luiz conquistou rapidamente a titularidade e só lesões e adaptações adiaram a consagração definitiva que aconteceu na época de 2009/2010.

Nessa mesma época actou também Ramirez, o queniano, que se destacou pelas correrias pela direita e pelos equilíbrios que gerava no meio campo. Infelizmente saiu no fim da época. É um jogador de topo, de selecção brasileira.

E finalmente temos Lima, dos poucos jogadores contratados este ano, que marcou também já vários golos e que seguramente marcará muitos mais. Lima tornou-se em poucos meses uma peça muito importante da nossa equipa, pois como dizia há dias um comentador inglês da UEFA é um jogador que acredita sempre, que trabalha muito durante os jogos e que cria perigo quando menos se espera. Uma excelente contratação de um jogador que desde os tempos do Belensenses eu desejei ver no Benfica.

PS - espero um dia poder acrescentar a esta ou outra lista o nome de Bruno César. Pelo momento porém ainda não mostrou o suficiente.

RTP Norte

Tenho já aqui falado diversas vezes acerca do peso desproporcional do Porto nas estruturas legítimas e ilegítimas do futebol, o qual obviamente se reflete em poder e influência.
O Benfica esteve demasiado tempo distraído em relação a estas realidades e negligenciou os seus efeitos.
Ultimamente, por diferentes razões, incluindo o efeito das denúncias e chamadas de atenção de muitos blogs benfiquistas, os comentadores da nossa praça (justiça seja feita nesse capítulo a Rui Santos da SIC) e os nossos dirigentes começaram a prestar outra atenção ao fenómeno. E voltou a falar-se do "sistema".
Mas do que queria mesmo falar agora é da RTP Norte. E quero apenas citar aqui a revista do DN e do JN, a notícias TV. Que então diz isto sobre a RTP Norte: «"A única editoria a norte é a que se dedica ao desporto, pela noção do fenómeno na região". Hugo Gilberto é um dos rostos da especialidade. Aos domingos à tarde modera o Trio d'Ataque (que também coordena), na RTP Informação. Considera "o desporto uma das bandeiras da RTP" pois tem a particularidade de ser uma das áreas decentralizadas em Portugal e "o Porto e o Norte têm, muitas vezes, uma componente maioritária"». Fim de citação.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Injustiça Portuguesa

Folheava hoje um jornal quando me deparei com esta notícia:
Oito anos de cadeia por tentar matar a mulher.

E lembrei-me de Vale e Azevedo.
É um caloteiro? Certamente. Mentiroso compulsivo? Certamente. Prejudicou muito o Benfica? Sem dúvida.

Mas que se saiba não matou nem tentou matar ninguém. Como é então possível ter uma pena superior a homicidas? Como é possível que indivíduos violentos (outra notícia de ontem), com amplo cadastro, que ameaçam de morte pessoas pacíficas, sejam mantidos em liberdade até voltarem a matar?

E depois deste pensamento me vir à mente, li este excelente post: Cores diferentes, justiças diferentes.

Realmente há uma outra personagem corrupta da nossa vida pública que passa com toda a impunidade por processos vários, que incluem mesmo violência e agressões e relações pouco claras com associações criminosas.

Aí já nenhuma prova é válida, já nada serve para condenar.

Portugal atravessa uma grave crise, mas a sua principal raiz é moral. Sem educação, sem valores, sem justiça não há sociedade que funcione.

Taça é já sexta

O Benfica vai já sexta-feira a Moreira de Cónegos para mais uma eliminatória da Taça. Diz "A Bola" que Nolito poderá ser titular. Espero bem que sim, pois este grande jogador merece mais tempo de jogo.

Já o Sporting-Benfica, jogo que será importante para o Benfica poder ser campeão, acontecerá numa segunda-feira, dia 10 de Dezembro às 20:15h. Antes disso, o Benfica receberá o Olhanense (bem como, na Liga dos Campeões, o Celtic).

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Proença - porque só ele sabe...



NOTA: O VÍDEO QUE AQUI ESTAVA E MOSTRAVA AS HABILIDADES DE PROENÇA FOI CENSURADO DO YOUTUBE PELA SPORTTV. PORQUÊ? TAL COMO PROENÇA ELES SABEM O QUE FAZEM. NADA COMO A CENSURA PARA MANIPULAR MENTALIDADES E OCULTAR REALIDADES.



Pedro Proença - o que mais dizer sobre este senhor?
Só isto: ele sabe porque faz o que faz.
Proença é o homem de mão do sistema. Daí ele ser o árbitro mais premiado por todas as estruturas do futebol, português e europeu.
Proença é muito simplesmente o que no futebol se chama um gatuno. E ontem entrou de novo em acção. Ele sabe porquê.

Quem o nomeia também.
Ontem o Sporting não podia deixar de ganhar. Todos o sabiam. E só havia uma forma de o assegurar: nomear um homem de confiança. Um árbitro "credível" que pode exibir na lapela as insígnias máximas da FIFA e da UEFA. Um homem com o qual o desfecho do jogo estivesse garantido. É que Proença é realmente um GARANTE dos resultados. A sua especialidade são penalties mas, como se viu ontem, tem mais no cardápio.

E chega-se a este ponto: quando a equipa que é suposto perder marca um golo perfeitamente normal, em que não há hipótese de marcar fora de jogo, pura e simplesmente anula-se. É tão simples como isto. O que viu Proença para anular? Não pode ter visto nada porque não houve nada para ver. Anulou porque o Braga não era suposto marcar aquele golo. É só mesmo isso. Os árbitros em Portugal continuam fazendo o que querem (ou que os mandam fazer).

E os sportinguistas que não se iludam. O mesmo que agora os ajudou pode amanhã dar-lhes uma facada nas costas. Tudo isto se gere a partir de equilíbrios que mudam conforme as circunstâncias, desde que o centro de poder se mantenha na torre das antas. O ano passado fomos roubados como fomos em Alvalade não para beneficiar o Sporting mas para prejudicar o Benfica. Se as circunstâncias fossem inversas, se o Sporting estivesse na altura a lutar pelo título com o Porto, provavelmente o árbitro teria prejudicado o Sporting para beneficiar não o Benfica mas o Porto.

Sou eu que ando a sonhar com ladrões? Vejam o vídeo e depois digam-me.

Proença é, como eu já disse, talvez o maior árbitro de sempre. É aquele que NUNCA ERRA. Porque não erra de facto. Ele sabe muito bem o que faz- e fá-lo muito bem.

Sacrifício

Boa vitória, sofrida mas saborosa num campo muito difícil (a relva em si), contra um adversário muito organizado e sempre intencional quando tinha a bola.
O Benfica fez um bom jogo, concretizando uma de algumas oportunidades que criou, algo que não era fácil em virtude do pouco espaço dado pelo Rio-Ave, muito bem fechado atrás. No fim, o Rio Ave cresceu muito e passamos por aflições. Valeu muita entrega e capacidade de sacrifício - temos equipa.
Porque - é importante não esquecer! - não tínhamos Maxi, não tínhamos Luisão, não tínhamos Aimar nem Carlos Martins, Perez saiu lesionado e vários jogadores estavam diminuidos fisicamente em virtude de um exigente e decisivo jogo quarta-feira para a Liga dos Campeões. E isto num ano em que de uma assentada perdemos Witsel e Javi (e espero não voltar a falar dissto porque efectivamente já é passado e há que olhar para a frente).
Dito ponderado e lembrando que o Porto empatou em Vila do Conde apenas nos últimos minutos, depois de ter estado grande parte do segundo tempo a perder, a vitória de ontem merece ser valorizada.

Veredictos da Justiça:

Melhores em Campo

Ouro: Artur - 18 valores. Já de alguns jogos para cá que vem sendo decisivo. Ontem fez uma defesa impossível já no dim dos descontos. A bola estava fora? Provavelmente. Isso mesmo terá sido decidido pelo fiscal. Mas o que se diria durante dias, semanas mesmo se a bola tivesse entrado? Quanto tentariam os nossos inimigos fazer daquele lance o exemplo acabado dos "benefícios" concedidos pela arbitragem ao Benfica? Artur foi enorme nesse lance mas esteve muito bem, muito seguro em todo o jogo e merece totalmente a distinção.

Prata: Matic - 17 valores. Também na calha para o ouro há vários jogos, lá chegará em breve. Hoje fica pela prata, com a distinção de ter sido o melhor benfiquista dos que jogam com os pés. Foi uma presença impressionante em quase todas as áreas do campo. Cortou, tapou, cobriu, fez jogar. Matic tem subido de jogo para jogo e tem sido de uma dedicação e abnegação extraordinárias.

Bronze: Lima - 16 valores. Mais um golo decisivo, mais um jogo de enorme trabalho, com muitos recuos para fazer equilíbrios no nosso meio campo e derivas para as faixas para criar desequilíbrios ao adversário. Joga para a equipa, procura sempre Cardozo e ontem voltou a ser feliz, como merece.

Outros destaques

Jardel e Garay - ambos a um nível elevado (15 valores) contribuíram e de que maneira para que não sofressemos nenhum golo.

Ola John - 15 valores. Belas jogadas, muita inteligência e criatividade na frente, um remate fantástico a ser salvo pelo guarda-redes adversário.

Cardozo - 14 valores. Esteve também à beira de marcar tendo sido impedido pelo poste. Hesitou uma ou outra vez na segunda parte mas esteve sempre mexido e perigoso.

O Treinador

Jorge Jesus merece 15 valores. Esteve bem ao montar a equipa e ao colmatar a ausência de Maxi, excelente ao elaborar os posicionamentos e dinâmica dos jogadores, sobretudo Matic e também os laterais. Bem ao tirar Sálvio que há vários jogos vem perdendo gás. Menos bem a insistir em Gaitan pela direita e John pela esquerda (embora nalgumas situações ambos tenham coincidido no flanco esquerdo).

O árbitro

Boa arbitragem, a deixar jogar e a manter um critério uniforme. 14 valores. Já percebi que se fala de um "pisão" de Enzo a um jogador do Rio Ave que alegadamente mereceria um vermelho. É uma novidade da nossa imprensa que nos últimos jogos da Champions, em que curiosamente houve vários pisões, incluindo com Barcelona e Spartak, nunca ali viu maldade nem razão para nenhuns cartões nem amarelos que fosse. Mas é o costume. Como Artur defendeu aquela bola há que arranjar algum "caso" para falar.

Adenda: já vi o lance do "pisão" de Enzo. Um lance casual e perfeitamente normal. É de facto vergonhoso o comportamento parcial, tendencioso e mal intencionado de grande parte parte da nossa imprensa.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Belenenses vendido a dragão de ouro

A notícia passou quase despercebida mas aqui não a deixamos escapar: Rui Pedro Soares, que fez a sua vida graças a compadrios políticos, histórias mal explicadas e indemnizações milionárias, só possíveis num estado moralmente corrupto, comprou o Belenenses. É mesmo assim: alguém a quem não se conhecem méritos na vida nem contributos para a sociedade, que foi premiado por fidelidades políticas caninas com lugares de topo nas nossas maiores empresas com participação pública (nomeadamente a PT ou a Taguspark) e que foi demitido por usar dinheiros públicos para promover interesses particulares e partidários, nomeadamente a compra do apoio de Figo a Sócrates ou a tentativa de compra da TVI, demitido mas com indemnizações de milhões de euros, transformou-se num milionário que, depois de tentar comprar os direitos televisivos dos jogos do Benfica, comprou agora o Belenenses.

Este histórico do futebol português (formado, convém recordar, por vários ex-benfiquistas e, parece, também um ex-sportinguista), que foi campeão de Portugal 3 vezes e ganhou várias taças, passa assim para as mãos da figura que já descrevi, um apparatchic de Sócrates premiado com o dragão de ouro. É mais uma notícia triste para o futebol português e para o Belenenses, que encontrou nesta "solução" de último recurso uma via para evitar a falência (cujo espectro afecta vários outros clubes".

Muito triste, pensarmos que: "Nos países civilizados, os apanhados em escândalos políticos e económicos, ou são presos ou empreendem longas viagens espirituais (a de Madoff vai durar 150 anos). Em Portugal, os apanhados em escândalos políticos ou económicos (ou, no caso de Rui Pedro Soares, em ambas as coisas) compram clubes de futebol". A citação é de um suplemento humorístico ("O Inimigo Público") mas a história é exactamente assim e não tem graça nenhuma.

Para quem quiser saber mais acerca da decadência moral deste país e até que ponto a corrupção aqui é premiada, é seguir os links que deixei e informar-se acerca desta personagem, que recebeu ainda uma ideminização milionária do jornal "Sol" por divulgação de escutas que um Tribunal classificou como "conversas do foro íntimo" de Rui Pedro Soares: eram conversas em que este dragon fazia uso da posição que lhe tinham oferecido na PT para "atentar contra o Estado de Direito" (expressão de um juiz que ouviu tais escutas).

Em relação a esta operação de aquisição do Belenenses, diz o Expresso:

"Quanto ao futuro financiamento na SAD belenense, esse será efetuado através da sociedade comercial anónima portuguesa "Codecity Players Investment, S.A.", da qual Rui Pedro Soares é Presidente do Conselho de Administração e cujo capital social é detido, em parte, pela sociedade espanhola "WALTON GRUPO INVERSOR 21, S.A." (que é representada em Portugal por uma sua Sucursal).

Resta saber se a próxima experiência no futebol da Codecity, iniciada pelas aquisições dos direitos económicos de Abel Camará (SC Beira-Mar) e André Pires (Sporting Braga "B"), tendo existido pelo meio uma possível intervenção na transferência de Yohan Tavares do Beira-Mar para o Standard Liège, servirá para convencer os sócios de que a aposta foi ganha."

Resta também, acrescento eu, saber uma outra coisa: o que significa isto para o futebol português e os seus equilíbrios de poder (nomeadamente a relação Norte-Sul) ou, dita a mesma coisa de outra forma, qual o objectivo de Rui Pedro Soares com esta aquisição?

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Benfica-Spartak - notas dos jogadores

São estes os veredictos da Justiça Benfiquista em relação ao jogo de ontem:


Pódio dos melhores em campo

Ouro: Cardozo (17 valores em 20). Mudou completamente o jogo, marcando dois golos, expulsando um jogador e conquistando um penalty e criando ainda, com as suas movimentações e a sua presença, várias oportunidades (sim, as oportunidades criam-se, não "basta estar lá").

Prata: Artur (16 valores). Seguro, fez duas defesas enormes a não deixar o Spartak marcar em situações em que os jogadores apareceram isolados à sua frente. Foram momentos decisivos do jogo, pelo que o seu contributo para a vitória é muito grande.

Bronze: Ola John (15 valores). Começa a mostrar porque o Benfica tanto fez para o contratar. Rápido, incisivo, com tremenda capacidade no um-para-um, a conseguir várias situações de ida à linha e cruzamento. Critério no último passe.


Outros destaques

Garay: Também uma excelente exibição, a dar uma enorme segurança e qualidade defensiva à equipa. Destaca-se um corte no fim da primeira parte e a situação em que foi agarrado e puxado e deveria ter dado penalty a favor do Benfica. 15

Melgarejo: Muito boa exibição, com diversas subidas ao ataque e combinações muito boas com John. Saúda-se o ótimo regresso à equipa. Teve mesmo uma assistência, para o primeiro golo de Cardozo. 15

André Almeida: lançado às feras, como se costuma dizer, foi sempre aplicado, rigoroso e combativo, num meio campo onde várias vezes estava em inferioridade numérica. Ainda subiu pelo menos uma vez ao ataque numa bela jogada que teve algum perigo. Não se deu muito pela ausência de Matic e não resultou da sua presença em campo nenhum embaraço, o que é dizer muito para um jogador tão jovem e ainda pouco rodado nestas lides. 14

Jardel: esteve também muito seguro e autoritário. Tem sido exemplar na forma como "tapou" a ausência prolongada de Luisão. Um exemplo de dedicação à equipa. 14

Enzo: mostrou a sua qualidade habitual, numa missão de sacrifício, tendo feito um corte importantíssimo a resolver uma situação de contra-ataque do Spartak. Conduz a bola e passa-a à distância como nenhum outro neste momento no Benfica. 14

Bruno César: mostrou alguns apontamentos, sobretudo bons remates, esperando-se que sejam indicativos de melhorias face aos últimos (muito maus) jogos. 13

O treinador

Jorge Jesus merece nota alta: 16 valores. A sua decisão de deixar Cardozo no banco é discutível mas tem que se dar mérito ao treinador por conseguir disfarçar as ausências de: Luisão, Aimar, Carlos Martins, Matic (e a "semi-ausência" de Gaitan, que não andará bem em termos físicos). É notável como, sem poder contar com tantos jogadores importantes para a equipa (e note-se que já nem me refiro aqui às ausências que já são definitivas de Javi e Witsel), consegue ainda assim montar uma equipa não só altamente competitiva mas até muito superior ao Spartak (que, claro, que agora é uma equipa miserável mas há umas semanas, depois de pregar um susto ao Barcelona, era fantástica).

O árbitro

Aqui avalio não apenas o áribitro principal mas a equipa, que merece uma nota negativa: 7 valores.
Num jogo que não foi muito fácil, errou ainda assim demasiado: pelo menos um penalty claro por marcar a favor do Benfica (aos 2 minutos) e um golo mal anulado a Cardozo. É muita coisa, numa partida em que ainda permitiu excessiva agressividade dos russos. Houve pisões, pontapés e cotoveladas que passaram incólumes. São erros a mais para este nível. Só não tem uma nota mais baixa porque no restante (na condução do jogo e na marcação de faltas para um lado ou outro) manteve um critério relativamente uniforme e não denotou uma intenção de inclinar o campo (como tantas vezes acontece em Portugal).